segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

DEVIR MULHER: O DEVIR MULHER NOS ENCANTOS DO DEVIR ELKE MARAVILHA.

                                             Jorge Bichuetti

Devir:  vir-a-ser... Novo, inusitado, disruptivo...
O devir mulher se revela na ternura, na sensualidade, no meigo, no cuidado-acolhedor, no mágico, no cruel e num senísivel par a além dos sentidos.
                                                 ***
Elke Maravilha. Bela, amante do belo... Expontânea e alegre... Uma mulher sensível e cheia de magia...
... Seu jeito de viver era colorido, teatral, performático.
Uma pedra no calcanhar da ditadura militar.
Modelo. Com roupas e gestos encarnava a aalegria prodigiosa da selva e dos encantos naturais do Brasil.
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Rasga na cara de um miltar um cartaz, onde se lia "Procura-se..."...
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Sensual, audaz, uma bruxa... bela e sarcástica...
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Com o repressão recrudecida, sobrevive... susando suas performaces para o povo rir...
Sorria... Alegre, divina... Num canto, um lágrima contida...
                                                ***
Devir Elke Maravilha...
Uma potência do devir mulher...
Se mantemos o devir mulher, contido e cordial, de voz baixa e servil, este devir se vê capturado num revés cruel de uma vida que se vê numa gaiola de escravidão enclausurada.
A performace... a expontaneidade alegre, nua e crua... são armas da vida.
Não temamos transformar nossa vida numa obra de arte...
Elke Maravilha - resistência tupiniquim...
O que um corpo... Um baton vermelho, uma piteira.. uma boa e sonora gargalhada...
Pode... É a altivez que mantém a ternura , longe dos abutres que bucam espezinhá-la...
Entre a flor e o estrume, um espinho decorado, grita que a rosa não será despetalada... ela ira florir...

6 comentários:

Marta Rezende disse...

Linda Elke maravilhosa.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Marta, esplendorosa... um vida perfomática: resistência e ternura, cândida rebeldia num corrossel tupiniquim.... Abraços, Jorge

Marta Rezende disse...

Obrigada Jorge. Tô precisando mesmo de palavras assim, fortes, poéticas, crentes na vida.
Minha esperança hoje é a Alice do Carrol. Sinto-me tão pequena. Mas, quem sabe, o troço se inverte. Afinal, tô tendo que andar em tocas diagramáticas.
Esses diagramas do Deleuze acabam comigo... Passo apuro com todo esse pensamento labiríntico, estonteante. às vezes, penso, por favor, para com isso Deleuze, me dá uma função... Um eixo cartesiano.
bacio amigo
M

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

marta, os labirintos podem ser vividos com amgia e poesia, basta um sonho dourado e uma lua prateada, um cúmplice abraço e uma nova cantiga de ninar...Terna e guerreira amiga, Carrol e uma bela companhia nos leva aos portais do devir criança... Mágico e leve...
Meu ombro amigo é força-potência de irmão-libertação,
Abraços, Jorge

Anne M. Moor disse...

Jorge

Que texto delicioso e esclarecedor, em particular, sobre o termo 'devir' que usas!

Beijos
Anne

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

anne, me lembro da Elke, eu criança... uma palhaça... Não sabia que ali havia uma vida florida, resistente e fervorosa na defesa do amor... deo amor, mais universal, menos pessoal, umamor que fazia uma mulher do por-vir, uma flor não aspirada pelo olfato dos homens, só sentida por Deus...
Abraços, pela vida e a liberdade, lutamos, sonhamos... Lá, eu vou...
Lá, eu estou...
Abraços a minha poeta de luz e esplendor...
Jorge