terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

POESIA: ASAS DO DESEJO

                              SERENIDADE
                                      Jorge Bichuetti

Sereno
é o passarinho;
voa, beijando
uma e outra,
uma multidão e flores...
Depois, volta para o ninho,
cantando  o amor
sem saudades...


            DESENCONTROS
                          Jorge Bichuetti

Uma flor
nasceu alada
na janela do meu corpo;
e voou
querendo vida,
mas se viu
flor murchada
na janela do seu corpo,
de tristeza,
já fechada...


                      JUNTOS
                                    Jorge Bichuetti

Num voo de partilha,
roubamos, do céu,
um ninho...
E, ali, co'alma de matilha,
reinventamos o cio
e um novo..meigo... carinho...


          A MARESIA DO DESEJO
                                     Jorge Bichuetti

O desejo flui
e reflui...
maré
e um veleiro;
o luar
e uma sereia...
Corpos atados
numa dança
de êxtase
e prazer..

No hhorizonte, o amor
azul suave
e calmo,
diviniza o encontro
dos nossos corpos floridos
de devires animais...


                   SÓ
                            Jorge Bichuetti

Não estás,
nunca...
Exuasto de desalento,
já não espero
teus beijos
tua palavra
teu silêncio
teu corpo
e teu amor...
Se foram com o vento,
este vento
que partindo
me deixou
tua sombra
teu olhar distante
teu deserto
teu corpo inerte,
um frio inverno
no inferno da minha solidão...

8 comentários:

Guilherme disse...

Caro Jorge.
Tua poesia é como a brisa
Vem e nos arrasta....
é como grama, que em velocidades imprevistas arrasta...
é como ceu, que na imensidão de um poeta dispara diferença por entre a linguagem...
Abraço!
Guilherme elias

Samara Dairel Ribeiro disse...

Admiração
Paulinho Moska

Meus olhos, famintos, não se cansam
de te acariciar
Procuram sempre um novo ângulo
pra te admirar
E sonham mergulhar na sua boca de vulcão
Provar todo o calor que há na sua erupção

Escorregar nos rios claros
das margens dos teus pêlos
E encontrar o ouro escondido
que brilha em seus cabelos
Devorar a fruta que te emprestou o cheiro
E talvez desfrutar de um amor puro e verdadeiro

Esquecer o espaço, o tempo e o viver
Perder a noção do que é ter a noção do perder
Se um dia eu fui alegria ao te conhecer
Agora canto porque sinto a dor de não te ter.

Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=U1ZRN5KJG8k

bjs, samara.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Guilherme, meu poeta e irmão...
Sua poesia me encanta e sinto falta de suas contribuições... Elas são um alento para minha alma de poeta que nos dias de hoje padecem de uma certa e incerta solidão...
Abraços com ternura e carinho, Jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Samara, minha doce cotovia... ou seria uma patativa; com seu canto, porém o que sei é que a vida fui com mais amor. Abraços jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Samara, minha doce cotovia... ou seria uma patativa; com seu canto, porém o que sei é que a vida fui com mais amor. Abraços jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Samara, minha doce cotovia... ou seria uma patativa; com seu canto, porém o que sei é que a vida fui com mais amor. Abraços jorge

Samara Dairel Ribeiro disse...

Inconfesso Desejo

Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo
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As Sem-razões do Amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
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Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

bjs, samara.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Samara, sua vida se dá entre o canto da aurora e a poesia do luar... Você é anjo-guerreira, uma mulher -ternura e uma estrela do mais belo e puro sonhar...
Abraços Jorge