Jorge Bichuetti
Noite Feliz! Belém! Nasce um homem encantado chamado Jesus de Nazareth, porém, poderia ter sido nomeado O Homem-Amor... Amor Incondicional, amor sempre, demasiado amor...
Uma mensagem viva da paz, da não-violência, dos direitos humanos, e da opção radical pelos oprimidos...
Natal: simplicidade e ternura, generosidade e partilha... Solidariedade amorosa que nos levam a romper com os muros egoístas do individualismo e com os mecanismos fascistas de exclusão...
Hoje, celebramos seu nascimento, divorciando-se de sua vida.
Criamos presépios de neón e luxo, esquecidos dos meninos que sofrem as agruras da noite fria nas calçadas do abandono... Eles revivem o Cristo nas manjedouras pós-modernas e ali os abandonamos, relegados as intempéries de um calvário cruel e sangrento.
Mergulhamos no consumismo, e gastamos enlouquecidos; e não recordamos dos que padecem na miséria, na solidão e no desamor deste mundo de acumulação e superficialidades, de competição e de fome.
Ele nasceu numa manjedoura e morreu numa cruz... Caminhou, amando... Serviu sempre...
Dele, nos recordamos, contudo, no festival dos vendedores e vencedores da subjetividade capitalista; e o aprisionamos nas ilusões do mundo; negando sua promessa de um novo reino de misericórdia e compaixão, convivência fraternal e cuidado do outro.
Não o permita crucificado, de novo, pela nossa displicência e negação; aceitemo-lo no seu convite de vida nova, novos olhares e novas relações, amor pleno e partilha solidária.
Neste Natal... Abrace, irmane-se...
Supere preconceitos e distâncias... Acerque-se do outro: seque suas lágrimas e nos bailado do carinho descubra os sorrisos perdidos ou subtraídos...
Viva seu Natal, vendo o mundo e se afetando com as injustiças, nEle, descobrindo forças e coragem para indignar-se e rebelar-se, lutando, então, por uma nova vida de solidariedade e paz...
Não permita um Natal sem amor.
Ame.
Ame e caminhe, para além das ilusões consumistas...
Ame e sirva, para além do individualismo burguês...
Ame, sem fronteiras... Ame desbrando o nascer de um novo dia...
Expulse de si a moral de culpa e ressentimento, a ideologia da exlclusão e o narcisismo que nos limta e entorpece nossa potência de vida.
Celebre o Natal, mas não se esqueça de Ele, a Vida Celebrada, era e é, na suas v´sceras um eloqënte e sinfônico chamado ao amor e à solidariedade.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
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4 comentários:
caro Jorge, é visível e rizível a inversão que a sociedade engendrou em sua rotina de vida,um golpe de marketing promovido pela coca-cola pintando o natal com as cores branca e vermelha, colocando um personagem que tinha a solidariedade como meta de vida, pois distribuia cobertores aos infortunados nas noites frias no inverno europeu. Suas reflexões são a confirmação de notícia, onde na decoração de natal na cidade de São Paulo o menino Jesus não foi lembrado em nenhum momento. Isto demonstra o quanto permitimos a troca do ser pelo ter. Parabéns pelo texto, forte abraço
Feliz Natal, querido Jorge! Muita poesia p vc, em 2011, em forma de amizade e amor generosos! Abraços, Andréia
Muito lindo, adorei!
De
Quanta beleza...
Quanta simplicidade...
Quanta profundidade...
Quanta verdade!
Acho que, talvez nunca tenha existido mais sofrimento e em tantos lugares ao mesmo tempo, como hoje. É estranho não haver uma ciência da paz. Existe uma ciência da guerra! É estranho não haver uma humanização da política. Existe a politização da ajuda humanitária! Esperança...
O anjo veio anunciar que nasceu o Menino Deus, trazendo a Esperança. Transfigurando-nos na sua Luz, nascendo na nossa História. Que o Natal seja vivido todos os dias, amando como Nosso Senhor amou e vivendo como Nosso Senhor viveu! Ele não quis nascer em palácio. Nasceu em uma manjedoura forrada de palha, onde os animais comiam.
Quanta humildade...
Quanta presença...
Quanta benção...
Quanta Luz!
Dr.Jorge, pra você... Luz!
Maria Alice
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