UM CADINHO DE CARINHO
Jorge Bichuetti
A solidão fere, esfola;
nos corrói a pele
e ulcera a alma...
No silêncio, o tédio;
nos ruídos, um trovão..
Rogo-te, então, uma esmola;
um ungüento
e uma dose de calma...
Um cadinho de carinho
ressuscita meu coração...
FISSURA
Jorge Bichuetti
Era uma flor de cristal,
uma estrela cintilante,
um caminho, uma vida
com a dor dela distante...
O cristal despetalou-se...
Num jogo da fronteira,
onde ruídos e silêncios,
enovelaram-se na lida
da liberdade arteira...
Agora, esta fissura
é um oco, um abismo,
que só o vôo da ternura
pode num psicodelismo
reinventar o caminho,
reatar os fios e os elos,
da vida de passarinho...
Voa, então, liberdade;
andarilha se aninhe
e efetue sua viagem
com asas de passarinho...
Voa, voa, liberdade,
deslize pela fronteira,
devindo-se vida plena
no canto do passarinho....
TERNURA
Jorge Bichuetti
Terno, meigo e suave...
Uma cantiga de ninar...
Uma carícia de amar...
Um canto de voar...
A ternura pode nos salvar...
Livre-nos ela
das correntes de opressão
das palavras de escuridão
das noites de solidão...
O que pode a ternura...
Ela pode a magia
de explodir muros e cercas,
de implodir medos e secas,
de encantar o escuro,
de florir os caminhos,
de acordar o amor...
sábado, 4 de dezembro de 2010
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2 comentários:
Ternura...tão bela e comovente palavra deveria certamente ser teu sobrenome meu Amigo querido.
Tenhas uma boa noite de descanso
e grata por mais esse baú de pérolas tuas ofertadas a nós teus fieis seguidores aprendizes.
Um abraço com carinho
Loubah: carinho me vivifica na amizade com os recebo, Abraços ternos. jorge
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