Tietê
Paulo Cecílio
De cada estação
na carne recebe
peixe de plástico/plutônio
saco de vômito/ferida
carta de suicídio/assombração
arranha-se em prego enferrujado.
range denso/ cansado/podre.
Mas tietê é um rio:
na última estação,
abraça o mar...
Apêgo
Paulo Cecílio
Não quero devolver
os materiais que me sustentam.
Temo matar a morte:
se deus morre comigo,
quem herdará
minha ternura?
2 comentários:
Lindos poemas do Paulo Cecílio. Eu não conhecia esse poeta. Muito lindo esse do Tietê que abraça o mar.
E abraça limpo!!! A partir de um momento, as água podres começam a se limpar e o rio fica cristalino antes de chegar no mar. Muito louco o Tietê, também tão cantado pelo Mario de Andrade.
beijo
Marta
O paulo Cecílio é um poeta uberabense... Genial: o tietê e nossa caminhada... Será o oceano o território liso das revoluções dos n devires no ar. Beijos jorge
Postar um comentário