esquizodrama: experimento com rede

Esquizodrama - drama do devir...
Ou como definiu Margarete Amorin, uma atualização da realteridade.
Inventado por Gregorio F. Baremblitt é uma ferramenta de intervenção esquizoanalítica que cura-emancipa, conscientiza-liberta, e dá vida, rizomatizando em multiplicidades criativas " o homem e a sua própria existência".
Gregorio - o amigo generosos - esteve em Uberaba numa conferência organizada pelo CRP.
Na ocasião, legou-nos uma lição preciosa e necessária.
Era como se traduzisse num conceito a ousadia prudente e prudência ousada do pensamento deleuzeano.
Eramos muitos... O ouviamos com atenção e carinho.
Ele voava nas asas das palavras-máquina que faziam a vida pulsar, devenindo-se alvorada.
Disse, então:
- Esquizodrama é a arte circense com rede.
Com rede.... Proteção, cuidado, suavidade.
Sim, o esquizodrama trabalha intensificando, gerando estados deesterritorializados que necessitam de ancoragem, rede de proteção, sustentação...
Uma queda sem rede é o que vivemos nas experiências onde não damos conta de operacionalizar criativamente, e nos machucamos na carência de um plano de consistência que vivifique o experimento sem as sequelas do corpo à deriva, estraçalhando-se no chão.
A rede, assim, compõe o setting. É cuidado do terapeuta, permitindo rodopios no ar, pois ele monta a rede que nos permite "sacudir a poeira e dar a volta por cima".