A palavra de Baremblitt, novamente, soou como uma reflexão madura e uma convocação... Ele clareou a realidade daquilo que necessitamos encarar na luta pelo processo de reabiltação psicossocial dos ditos loucos.
Sua contribuição numa conferência potente e afetiva nos chamou a atenção em direção à problemática da cura/emancipação dos usuários que hoje são acolhidos pelos seviços de cuidado da Reforma Psiquiátrica.
Veemente, disse:
- " Não podemos simplesmente devolver ao mundo os potadores de sofrimento mental. O mundo que os expulsaram... não os merecem de volta. Até que mude... Tratemos de incorporá-los à luta, à luta pela plena capacidade de viver, de todos e para todos..."
Não deixou dúvidas sobre o seu pensamento.
Ele que já outrara definiu "o psicótico como alguém que renunciou o mundo de vendedores e vencedores",agora, avança nos dando uma indicação clara dos processos de inclusão social: não a inclusão passiva e assujeitada que a crise já negou em si mesma, mas uma inclusão militante, de luta e construção de espaços de liberdade e solidariedade.
Emancipar-se/ curar-se se dá num caminho de reinvenção da vida e do próprio mundo.
... Do outro mundo possível e necessário, onde a vida se plenifique superando, pela solidariedade ativa e através da liberdade o direito à diferença e justiça fraternal do homem suavidade, a exploração , a dominação e a mistificação do sistema de exclusão e desamor...
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