terça-feira, 31 de janeiro de 2012

DIÁRIO DE BORDO: ENTRE RIOS, A LUA NO MAR... SONHOS E POESIA, CAMINHOS DO DEVIR...

                                           Jorge Bichuetti




A dificuldade de escrever, sem a visão ampliada pelos rotineiros óculos, limita-me; porém, a beleza do mar e ternura dee Sergipe... me inspira, me arrepia... Uns dizem que estas águas morenas são afrodisíacas... outros, que o singelo se plenificou na vida de ternura e suavidade, coragem e inovação...
Há no ar muita vida pulsante, muita novidade que brilha e encanta...
Aqui, sabe-se que o novo será parido nos abraços dos rios e do mar... No que um corpo pode ousar inventar nos arranjos tecidos pela ética da amizade...
Há alegria; samba na esquina... forró nos en-cantos das paixões....
Viajar é borboletear nas entranhas das flores alheias... Erotismo lúdico; solidariedade cósmica...
Atrás, fica a saudade... saudade de partit e chegar, saudade de chegar e partir....
O mundo globalizado não suprime a beleza da vida que germina nos encontros... Neles, nos reinventamos... neles, fecundamos terras e sonhos numa reciprocidade que só se explica para os que se permitem iniciados da magia... da magia da ternura...
A ternura é o viço e o vigor cósmico que inventa e sustenta o cio da vida...
O mar é u'a imensidão, como todo mar... porém, o mar entre rios de Sergipe é u'a imensidão terna e suave, caliente e ondeada de poesias da paixão...  da paixão menina e da meninice sapeca e cheia de valentia diante da possibilidade do novo...
O devir - nossos eus não-paridos - aqui são acalentados no aconchego da vida que nasce e floresce sertão e mar... Cangaço brejeiro e terno... cirandas de sonhos que rodopiam no céu onde os deuses recriam a vida com teimosia e suavidade num perene conjugar entre sonhos o verbo mar...
Assim, é... espero levar um pouco das águas morenas para minha pequena Luinha...  meu eterno retorno... um oceano de saudade...

POESIA: ENTRE RIOS

                         ENTRE RIOS
                                    Jorge Bichuettti


Entre rios, a ternura
na vida enluarada e
o amor florescendo
nas águas morenas

entre sonhos de amar...



O mar me olha terno:
magia e sedução num
canto da vida alada e
nos voos cósmicos da
utopia solidária... chão



povo... gentileza floral,
um caminho suave e belo:
no útero das águas que unem
do amor maior... sementes
 germinando a aurora no



aguerrido processo de ser
um povo devir...entre o céu e o luar...


              
                                              NADA VEJO
                                                   Jorge Bichuetti

òculos esquecidos,
visão nublado no vento
e eu amando, sentindo
na pele o grito do mar
que poético me seduz
na ternura dos sonhos
plantados na alegria
de ser o cio do mar;
paixão brilhando nas
asas onde aninho meu
corpo, um barco nas 
ondas onde os deuses
plasmam o verbo amar...






aracaju... terra morena, mar de poesia na ternura do devir...


amigos, vidas no luar... entre rios, só reluz os belos sonhos de no amor voar...

BONS ENCONTROS: A VIDA NO CAMINHO DA POESIA DE FERNANDO PESSOA

FERNANDO
PESSOA

Odes de
Ricardo Reis


    Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra De árvores alheias. A realidade Sempre é mais ou menos Do que nós queremos. Só nós somos sempre Iguais a nós-próprios. Suave é viver só. Grande e nobre é sempre Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras Como ex-voto aos deuses. Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode Dizer-te. A resposta Está além dos deuses. Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam.
    Ricardo Reis, 1-7-1916




Hospedagem de site   Créditos

SOCIEDADE DE AMIGOS: A POESIA DE CONCHA

                 É ASSIM... ( TALVEZ UM TANKA)
                                    Concha Rousia


Não me procures a mim
Se não podes ver meu mundo
pois sem ele eu nem rosto tenho...

E se o teu de mim escondes

será a ti que eu acabarei não vendo...


FONTE: republicadarousia.blogspot.com









MESTRES DO CAMINHO: O GRITO DA VIDA NO CAMINHO DA POESIA DOS PASSOS AZULLADOS NO HORIZONTE AZUL

                                       REFLEXÕES


- "Quando já não havia outra tinta no mundo o poeta usou do seu próprio sangue.
Não dispondo de papel, ele escreveu no próprio corpo.
Assim, nasceu a voz, o rio em si mesmo ancorado.
Como o sangue: sem voz nem nascente."


                              MIA COUTO 




segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

RITA LEE E A LUTA PELA VIDA; LIBERDADE E CIDADANIA

                                          Jorge Bichuetti


Rita Lee no sábado dá uma lição de cidadania aos que assistem a política fascista que vem se impondo na relação das forças  repressivas com a juventude.
As forças repressivas com armamento e hostilidade revistava os jovens, buscando encontrar drogas ílicitas num concerto ao ar livre no Estado de Sergipe.
Ela se posicionou... Colocou seu corpo, sua históriaa e sua voz expressiva da ética da liberade entre a violência e a juventude.
Pediu que não incomodasse a meninada... e disse que os conhecia... que era os mesmos do terror da ditadura militar...
Foi detida por desacato e por estímulo ao crime...
Não se pode calar...
A violência vem se repetindo e se cristalizando como medida preventiva na política de enfrentamento da problemática da drogadição...
O efeito das  palavras do Supremo Tribunal de Justiça durou pouco....
A repressão não é medida que compõe um projeto ético e de acolhimento que se faz necessário na clínica  dos que na dependência química vivenciam dores e agonia que exigem cuidado e reabilitação pssicosocial.
Judicializar ou reprimir violentamente, violando os direitos humanos, é reedição do fascismo... ou melhor, é uma política microfascista que dissemina a noção de exclusão, marginalização e limpeza urbana... normatização neonazista... exclusão violenta - desumana e desumanizante...

Grande e valorosa é a sempre altiva e ousada Rita Lee...
Não é crime ser corajosa diante da violência opressiva e excludente; não é crime ser aliada dos que sofrem atitudes opressivas... A violência é ruptura com a política de direitos humanos...
A liberdade de Expressão exercido pela nossa diva retratou a história dos que colcam seu corpo e sua vida entre os oprimidos e a violência policial...
Que saibamos valorizar a ética da liberdade e dos direitos humanos...
Que saibamos repelir toda forma de repressão abusiva e excludente...
Que saibamos entender que a visão policealesca na saúde é um atravessamento que cria barreiras e obstáculos  ao processo de invenção de práticas amorosas e solidárias de cuidado.
Já dizia Guimarães Rosa: " Qualquer amor já é um cadinho de saúde, um descanso na loucura"
Repressão, violência, exclusão são expressões de desamor, negação e rejeição...
A vida voa nas asas da liberdade; e agoniza nas grutas e paredões do confinamento, da violência e da exclusão...
Ave, Rita Lee... Voz da magia da ternura corajosa; liberdade em movimento... num canto de carinho e amor...



POESIA: MAR E LUAR

                           VENTO E LUAR
                                       Jorge Bichuetti


Este vento, menina, que me carrega
no colo... voa com os passarinhos e

verdeja os sonhos no prateado do mar...



A Lua brinca faceira entre rios e
o mar... enfeitiçando de sonhos;
nossa pele, nossos corpos, bailam


e brilham, sedentos de amar... Assim,
as flores cantam entre estrelas e o  sol
que arde, adormecendo a noite escura,

com a vida que se desperta nos braços
das águas morenas onde u'a onda ergue
o barco cósmico  da ave da liberdade...




                                       SAUDADES DE LUINHA
                                                Jorge Bichuetti


Onde estás, minha menina? olho
o céu... me revela mil estrelas,
o mar... beleza e encanto... porém,
entre a poeira das praias e meus olhos,
há u'a lágrima triste... o belo é mágico,
mas não conhece o feitiço de me fazer
menino... como tu, com teus mimos,
podes suavidade e leveza me dar...


A felicidade é sempre u''a ave
de asas partidas, se meu coração,
longe de ti, desassossega-se nos
espasmos asfixiantes da saudade...



DIÁRIO DE BORDO: SUAVIDADE GUERREIRA; A LUA NO MAR...

                                Jorge Bichuetti



Aracaju - amigos e mar; a utopia na suavidade dos rios que serpenteiam no caminho, sedentos dos abraços do mar... O sol arde na pele e o coração canta... O canto da alegria no carinho das ternas amizades... Trabalho com a impressão de que a vida é u'a estrela que baila na magia altiva dos que entre dores e espinhos, pedras e lágrimas, ousam sonhar...
A construção da vida amorosa e solidária, de cidadania e compaixão pulsa no horizonte e seguindo o sonho vamos tecendo a superação das feridas que cicatrizadas, tornam-se degraus no voo acima que nos permite ir adiante, entre estrelas e o luar na ousadia de antever um novo tempo...
Que tempo é este que buscamos com teimosia e coragem, paixão e encantamento?
O voo dos passarinhos desnuda-nos na nossa paixão pela liberdade que é vida de partilha; um mundo sem repressão... uma vida sem opressão... um jeito de ser onde caminhar já é um voo na imensidão e os rodopios no infinito se encontram sustentados pelos ninhos do acolhimento, nichos da utopia que brotam
no mar e no sertão...
Aracaju - escreverei depois sobre tua faceirice barroca, tua meiguice de flores na pele... o cangaço e o forró... u'a cidade menina...  sorriso visceral nas águas morenas... algas afrodisíacas... terra ode o mar se revela louco de amor, entranhando-se nos rios, com sede de gente... com desejos de ser ninado nos braços ternos e suaves da vida gentil e sensível... olhos amarelos, pele bronzeada...  e o coração explodindo no orgasmo do cuidado...
Cuidar é vida parindo-se... na outra que se desenha vida remoçada no bailado da ternura que anda pelas praças no amor de mãos dadas...
Não vimos Rita Lee... Bela e altiva, maga da Liberdade...
Digo, de coração, que nossa juventude tenha aqui e em toda parte, uma voz, um gesto... u'a expressão viva da alma da liberdade...
Por que a força das armas? por que o medo dos feitiços que nascem das estrelas que bailam no céu da liberdade?...
Sergipe é acolhimento, cidadania andarilha da luta de um povo altivo... que vive, pulsa e brilha encantados pela vida, vida de terna gentileza, pura suavidade...
A  onda fascista que reprime é um nefasto processo que escurece o Brasil, nublando o céu... retalhando corpos e mentes... insticucionalizando na repressão a supressão da liberdade...
Sergipe é o eterno domingo... Suavidade solidária... Um céu estrelado... Onde a lua beija o mar, acariando os rios que sonham trigueiros na ética da liberdade...



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

DIÁRIO DE BORDO: NO MAR, PÁSSAROS NO VENTO...

                              Jorge Bichuetti

... O mar e o céu mergulhando no horizonte... Ondas alvas e crepitantes... O vento movimenta as folhas dos coqueiros que bailam, suaves e ternos; braços altivos nos cativantes abraços...
As nuvens no céu permanecem focadas num imenso vazio: na paisagem bela e cândida de Aracaju, meu coração alucina e vê o fantasma da saudade. A saudade é uma força ambigüa: a tristeza da ausência navegando no coração cheio de amor... Penso na minha Luinha e com o peito doído, a sinto no meus pés.... fazendo graças... desejando carinhos....
Somos pássaros no vento...
Somos a ânsia da vida nos voos da alegria; um desejo de ser e estar nos abraços da paixão...
Somos, assim, a espera...
Esperamos a aurora; os bons encontros...
No mar, reverencio a vida que é bela e é acolhedora...
Mas, pesa-me a distância... o caminho e sonhos que contidos num ninho... guardam o infinito no singelo da vida que pulsa na rotina dos afetos do dia-a-dia...
Viajar é encontrar o novo - um novo universo...
Longe, porém, sentimos a força do que nos sustenta enos anima... misturados na rotina e de tão misturados parecem um ramo da árvore que nos dá sombra; quando são um pedaço do céu, do infinito, incorporados na nossa máquina de existir... São asas e pontes; são fontes...
Por que será que somente se desnuda, ante nossos olhos, a vida bela que temos quando longe avistamos outros belos caminhos...
Como é bela a vida que floresce no mar de Aracaju!...
Todavia, como é difícil viver... longe do que teço diariamente como céu e mar do meu coração de menino, que brinca no luar e descansa das lutas... no carinho da pequena Luinha...
A saudade é a magia da imensidão, revelando-nos o esplendor das flores microscópicas, porém, flores que salpicam de luz e vida nosso caminho...
Viver é amar... perto ou longe, sempre sentindo o calor da vida que nasce na ternura de ser mãos dads nas aventuras do destino...

POESIA: ENTRE NICHOS E CARAVELAS, UM VOO

               VOO ENTRE NICHOS E CARAVELAS
                                                       Jorge Bichuetti


Orações profanas ecoam nos nichos
onde santos de barro... vagam entre
caravelas e sonhos, triscando o céu
com votos de devoção... salmos e o 
breviário da fé andarilha que na lua
nunca sabe se é o martelo de Apolo
ou as miragens bacantes da alegria.


A vida não e uma romaria, nem um
teatro de fantasias e doces prazesres;
é u'a longa viagem que desterra e dá
ninho... como se fóssemos tão só um
menino semeando deuses no chão de
flores dos sonhos, cirandas e serestas...


Voando, superamos o lodo humano e
aprendemos entre estrelas brilhar no
horizonte azul das novas sementeiras.





SOCIEDADE DE AMIGOS: UM RISCO NA PELE; A POESIA DE MICHEL SILVA

                                UM RISCO
                                              Michel Silva


a boca da noite riscou
minha pele de couro e
quando o sol chegou
me vi... um sapo no brejo
da ensopada viela onde
as flores eram aves

no partido caminho de pedras...



a boca da noite riscou...
separando lábios, no triste despertar da solidão...









FEVEREIRO: ENCONTRO DA UNIVERSIDADE POPULAR

BONS ENCONTROS: O HUMANO NO HORIZONTE DA VIDA.... A MORTE DOS SEMI-DEUSES

           DIÁLOGO COM A POESIA:

1. Quais são as iluões que afasta o ser humano das belezas das experimentações criativas?
R.

FERNANDO
PESSOA

Poesias de
Álvaro de Campos



      POEMA EM LINHA RETA
    Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
    Álvaro de Campos
Repita-o e excomunga de ti o desejo de negara tua própria humanidade... Te verás nos braços e voos da alegria de simplismente viver...



Hospedagem de site   Créditos

MESTRES DO CAMINHO PENSAMENTOS QUE AGENCIAM NOVOS CAMINHOS; MAGIA DO DEVIR...

                            REFLEXÕES:

- " Só quem suporta o caos e o frenesi é capaz de engravidar-se de uma estrela bailarina." Nietzsche

- " Não é necessário conquistar o mundo. Basta fazê-lo novo. Hoje. Nós." Subcomandante Marcos
 
- " Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar." Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O AMOR - CAMINHO ENTRE FLORES; VOOS DO LUAR... ROBERTO CARLOS E AMIGOS.... POESIAS E CANÇÕES...

mágoa
        no mar
nada entre velas
     seduzidas
no horizonte azul
que liga meu corpo ao vento
    num bailado além-do-mar...


voltarei flor
          na praia
tudo entre telas
     sonhadas
no céu no luar
doando-me coragem  e  ondas
    para novos amores navegar...

                                jorge bichuetti


passarin no ninho
vi o voo da flor   e
senti        a paixão
de ser   mar e céu...


                               jorge bichuetti


estupidez  é não querer
o querer ternura-flor e
nossos corpos    no luar
entre   naves    deuses e
o amor...  e   nada mais...

                                      jorge bichuetti


ENTRE PEDRAS, FLORES...
ENTRE ESPINHOS, SONHOS...


A VIDA VOA NAS ASAS DA LIBERDADE...

DOCUMENTÁRIO: ENTREVISTAS E DISCURSOS DE SUBCOMANDANTE MARCOS.... O ZAPATISMO E A LIBERDADE; CAMINHOS DA TERNURA AGUERRIDA...

SUBCOMANDANTE MARCOS: UMA VOZ SOBRE A MISÉRIA E DESUMANIDADE DO NEOLIBERALISMO...


INDIGNAÇÃO REBELDE:


O ZAPATISMO NA COMPREENSÃO DO SUBCOMANDANTE MARCOS:



DISCURSO DE SUBCOMANDANTE MARCOS:


" La libertad es como la mañana. Hay quienes esperan dormidos a que llegue, pero hay quienes desvelan y caminan la noche para alcanzarla." Subcomandante Marcos

"Marcos es gay en San Francisco, negro en Sudáfrica, asiático en Europa, chicano en San Isidro, anarquista en España, palestino en Israel, indígena en las calles de San Cristóbal, chavo banda en Neza, rockero en CU, judío en la Alemania nazi, ombudsman en la Sedena, feminista en los partidos políticos, comunista en la posguerra fría, preso en Cintalapa, pacifista en Bosnia, mapuche en los Andes, maestro de la CNTE, artista sin galería ni portafolios, ama de casa un sábado por la noche en cualquier colonia de cualquier ciudad de cualquier México, guerrillero en el México de fin del siglo XX, huelguista en la bolsa de New York, reportero de nota de relleno en interiores, mujer sola en el metro a las 10 p.m., jubilado en plantón en el Zócalo, campesino sin tierra, editor marginal, obrero desempleado, médico sin plaza, estudiante inconforme, disidente en el neoliberalismo, escritor sin libros ni lectores, y, es seguro, zapatista en el Sureste mexicano. En fin, Marcos es un ser humano cualquiera en este mundo. Marcos es todas las minorías intoleradas, oprimidas, explotadas, resistiendo, diciendo "¡ya basta!" Todas las minorías a la hora de hablar y mayorías a la hora de callar y aguantar. Todos los intolerados buscando una palabra, su palabra, lo que devuelva la mayoría a los eternos fragmentados, nosotros. Todo lo que incomoda al poder y a las buenas conciencias, eso es Marcos.» Subcomandante Marcos

DIÁRIO DE BORDO: NO AVESSO DA DOR, A ALEGRIA... NO REVERSO DA OPRESSÃO, A INCLUSÃO... ATOS DE AMOR.

                                  Jorge Bichuetti

Andei pelo quintal... eu e Luinha.... Ela , hoje, madrugou... Creio que esperava o sol... Mas, só encontramos a friagem do orvalho matinal, o cheiro da terra molhada, o vento lento e suave... Os álamos numa quietude zen budista... A roseira cheirosa... porém, desejando permanecer nos sonhos que as faziam estrelas do infinito, num tempo de suavidade quando já não existe distância, nem adeuses...
As badaladas dos sinos... cantavam alegres o hino do amanhecer... os passarinhos com seus pios e gorjeios trinavam a sinfonia da vida que nunca para, vida-andarilha...Ciganeando pelas trilhas do destino no ventre da imensidão...
Havia uma quietude no ar... Nuvens escuras e densas anunciavam proféticas a chuva.... chuva mansa, chuva que se dá... fertilizando a vida.
Quase nunca, recordamos que podemos fertilizar o caminho, o outro, o mundo...
Lamuriamos... Esperamos passivos que o outro e o mundo nos ofereçam o que necessitamos...
Nos esquecemos que podemos fecundar, agenciar, afetar a vida e o mundo, fazendo-os girar no bailado da ternura e do amor... da alegria e da paz....
E a nossa passividade nos aprisiona nos redemoinhos da submissão e da apatia...
Somos tecelões: podemos tecer caminhos e sonhos, fecundando o coração da vida com os germes da vida nova, da mudança radical, da reinvenção do destino...
O que pode um corpo?...
Podemos muito... Se exercemos nossa vontade de potência, damos caminhos e horizontes para os desejos que dormitam nos recantos dos nossos corações.
Refletindo, me percebo entre a preguiça inoperante e as tarefas que redesenham na vida o horizonte da humanidade...
Sempre sabemos o que queremos receber e ganhar; quase nunca perguntamos sobre o que podemos doar, partilhar... fecundar...
Podemos fecundar paisagens de esperança entoando o nosso canto de alegria...
Podemos fecundar as florescências da paz, poetizando nossas sementeiras de ternura e solidariedade...
Podemos...
O outro segue carregando o que lhe legamos, como seguimos afetados pelo que recolhemos do caminho...
Viver é recomeçar... Mas, sempre é um con-viver... tanto das repetições da crueldade e da exclusão quando na inovação do amor includente e guerreiro...
Todos os dias, sem que percebamos, somos sementes e sementeiras... terra fértil ou deserto...
E se o mundo agoniza... agoniza na tirania do individualismo, do desamor e da violência... agoniza na destruição das matas verdejantes e dos povos desvalidos... Agoniza na cruz, no martírio... do poder opressivo... da solidão desesperadora... da indigência existencial...
Façamos algo... Lutemos, amemos... fecundemos a vida e o tempo com nossa alegria e ternura, solidariedade e amor... e, assim, o cinzento cederá à beleza do arco-íris e das auroras encantadas...
Na escuridão, acendamos uma vela...


POESIA: ENTRE A TERNURA E A PAIXÃO

                            CAMINHO
                                   Jorge Bichuetti


Caminho longe dos trilhos;
colho flores inomináveis e, assim, 
sigo meus passos 
entre a reza diária
e as erupções do acaso...


Cavalgo nas nuvens; salto
no desvão das estrelas e, por isso,
se algo encontro
é mi'a sombra perdida
na imensidão do espaço...

Na vida, voo... na morte, eu
mergulharei no horizonte e, na paixão,
voltarei... saltitante,
buscando no teu abraço
o nicho da mi'a baldia
eternidade...




         TRESLOUCADA PAIXÃO
                              Jorge Bichuetti


No teu corpo, há um céu
de flores, estrelas e luares...


Nele, ocorre a fusão
entre o orgasmo místico
e o êxtase profano que dá
cor e luz... às miragens da estrada...


                               TERNURA VITAL
                                            Jorge Bichuetti


Nunca me olvidarei
das tuas mãos me erguendo;
nem esquecerei que na vida
se ri e chorei, num canto de ternura,
foi vivendo o amor,
na doçura de teus beijos,
no cálido fogo ardente
dos teus eternos abraços...


Na ternura do teu amor,
vi o mar no orvalho e vi
o meu pobre coração nos
voos paradisíacos do carinho
que acolhe... restaurando-nos
alados... entre ervas e flores
da relva que eterniza, silenciosa,
a poesia do amor, amor que o tempo
enruga, mas não desata...

BON ENCONTROS: UM DIÁLOGO VITAL; POESIA E EXISTÊNCIA...

                           ENTREVISTA


1. O que fazer ante as perseguições?

R. Recitar Quintana:
"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!" Mario Quintana





2. Como ler os enigmas do amor?


R. Ouvir um fado, lendo Florbela Espanca:
"Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui…além…
Mais este e aquele, o outro e toda a gente….
Amar!Amar! E não amar ninguém!


Recordar? Esquecer? Indiferente!…
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!


Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.


E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…" ( Amar / Florbela Espanca)




 3. Como intensificar e potencializar a nossa auto-estima?


R. Incorporando manuel Bandeira, recitando alto:
"Que importa a paisagem, a Glória, a baía
a linha do horizonte?
-O que vejo é o beco." ( Poema do Beco / Manuel Bandeira )


SOCIEDADE DE AMIGOS: A POÉTICA ENRAÍZADA NAS PULSAÇÕES DO INFINITO - ANNE M MOOR

                      DESABROCHAR
                               Anne M Moor


Desabrochar no outono da existência
traz um sabor especial de bem estar:
É permitir-se, enfim, o prazer de viver.
É reconhecer-se mulher em todos
os sentidos possíveis.

Desabrolhar o âmago da flor que

em nós se esconde tão bem:
É libertar-se das amarras irracionais.
É perfilhar o perfume da rosa em
moradas outras.

Eclodir na maturidade de uma vida

bem vivida com prazeres, dores, angústias:
É continuar a caminhada em paz.
É enxergar as pessoas com outro foco.
É abrir os braços à vida!


FONTE:http://anne-lifeliving.blogspot.com/



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MESTRES DO CAMINHO: LIÇÕES DE VIDA NO HUMOR - JÔ SOARES

                      REFLEXÕES:

- "A vida é como um quebra-cabeça. O importante não é ter todas as peças, é coloca-las no lugar certo."

- "Aprendi que não devo me importar com comentários que não vão mudar minha vida."


- "O maior erro dos "espertos" e achar que podem fazer todos de otários."

- "Não há amizade, que por mais profunda que seja, que resista a uma série de canalhices."


                        JÔ SOARES

 

MARCELO TAYNARA - A VIDA NA MELODIA SINGELA DA INEMSIDÃO...

no pilão
sonhos e estrelas
pulverizam mi'a paixão;
agora, sou o infinito azul
no vermelho sangue teu...
e és a aágua de mina que jorra
no suor da mi'a pele onde um dia tatuei
u'a flor borboleta poesia e magia a vida
          nosso amor
     visceralidade cósmica
um beijo u'a seresta - caminhos do luar
        nossos corpos
        vasos de Deus...


                    jorge bichuetti


lá no chão  semeado
pedras preciosas   e
flores nas campinas,
conceituam  o que é
saudade...   amor de
menino na aurora e
voo   azul,  passarin

                               jorge bichuetti


noite  de  luar
na pele  a flor
amor e magia
na cor-paixão
          ternura e velas
          um caminho  e
o aconchego
              ... um ninho.

                      jorge bichuetti



ENTRE PEDRAS, FLORES...

DIÁRIO DE BORDO: A VIDA BAILA, BRILHA E SONHA...

                                      Jorge Bichuetti

Acordo, logo, após, um café que esquenta a alma e dá cheiro de vida nos sonhos... caminho e entro no quintal, como se ele fosse o corpo amado entre a volúpia do desejo e o êxtase da fé... A roseira se mostra... necessita de um boa poda.... gosta de florir... é moça na faceirice terna dos encantos amorosas... escuto dos álamos que a chuva lhes encantam... embora, tenham no vento o amigo de diálogo diário... Colho limões e romãs.... Aos poucos, o tempo nublado me deixa nostálgico e um pouco melancólico... O quintal que era até então, somente, o receptáculo, ventre, espaço... grita e me conta da beleza e grandeza que há na vida em movimento...
Diz: a vida baila, brilha e sonha... Possui melodias e poesias... Joga nas lutas do alvorecer...
Por alguns instantes, temo a loucura... Depois, sentindo na pele a vida na serenidade e alegria do meu pequeno quintal... reflito, penso: por que vivemos alienados da natureza e mergulhado nas ilusões passageiras do mercado?...
A servidão... o ser acomodado e submisso... com conflitos de baixa estima e autoflagelação... nasce da mundaneidade que nos coisifica e transforma tudo, inclusive a mãe natureza, em mercadorias... Tira-nos o horizonte... Nos encaixota nos labirintos asfixiantes do fatalismo e da apatia...
Perdemos a capacidade de escutar o canto da vida...
Ouvimos as teorias e o as ideologias que justificam e formatam as relações de opressão, exploração e mistificação...
Não sendo tocados, nossa pele se endurece e se conforma num meio de inibir as trocas afetivas e vitais...
Assim, hoje, somos empobrecidos na nossa capacidade de resistir, trocar, amar e viver...
Somos o individualismo coisificado e coisificante... somos a solidão de um passarinho lançado num pântano sem suas asas...
Não bailamos...
Não brilhamos...
Não sonhamos...
Cremos que nossa força é a brutalidade, o aniquilamento do outro e a aquisição das ilusões que o mercado vende como fonte de poder e felicidade...
Urge que resgatemos nossa humanidade: vida que baila, brilha e sonha...
Vida que revigora, se reinventa e desbrava horizontes como vidas que se afetam e afetam, parindo grupos, coletivos... a ternura e a suavidade da amizade...
Vida em movimento...Interno e externo; nas dobras... nos entres...
Vida que sente, pensa e posiciona-se diante do mundo... e, assim, vida que sabe-se potência de transformação... Na intimidade e no terreno público... Nas inter-subjetividades e na política que é o poder capilarizado nos microfascismos que não nos impulsiona para a cidadania e para a justiça social, para a paz e o amor... nos impulsiona para o medo, para a insegurança e para a competição bélica...
Nos subjetiva passivos e moribundos... ainda que vestidos com a roupagem das marionetes que assumem o lugar da vitória, no palco da tristeza e da angústia coletivas...
Romper com os processos de de coisificação e supressão da nossa humanidade, é ganhar asas para saltar sobre os abismos e vislumbrar no horizonte um novo mundo: novas alegrias, novas cantorias... a vida que baila, brilha e sonha pulsando na nossa pele...
Isto é uma resgate visceral dos surrealistas que diziam que necessitamos tomar o céu de assalto...


POESIA: NA CHUVA, UM PASSARINHO....

     NA CHUVA, UM PASSARINHO...
                                   Jorge Bichuetti

Na chuva, eu, passarinho
sem ninho e de asas rotas...
Ali, eu e o infinito entre
o frio congelante e a arca,
barco da salvação que já
não escuta a agonia dos que
perambulam pelos trilhos
dos sonhos da vida alegre,
agora, vasta inundação...


No dilúvio da desrazão,
a chuva turva-se nas lágrimas
que jorram do meu coração...


Eu, homem-menino, espero
mãos - braços e abraços...
Afogo-me na correnteza
onde folhas secas e velhos guardados
aprisionam a vida no tempo da solidão...






         ONDE ANDARÁ O SOL?...
                             Jorge Bichuetti

Abraçado na Lua, entre nuvens, 
o vento me toca, a chuva me dilui...


Encharcado, nunca sei... se a água
caiu do céu... ou se minou no meu coração?...


Tão-somente, pio... saudoso dos voos
e dos meus cálidos e ternos ninhos, eu.
então, agonizo, sonhando co'a beleza e 
as cores que no esplendor do arco-íris,
saúda a chegada do sol, vendo na orgia
das matas o desejo de mais um dia e na
algazarra das crianças o sol na pele da vida...


a chuva fecunda
o chão que floresce lépido:
rosas nas janelas;

sonhos na capela...
é a vida, cantoria
no eco das paixões...

SOCIEDADE DE AMIGOS: O AMOR NA POESIA TRANSVERSAL DE CONCHA ROUSIA

                           O QUE É O AMOR?
                          Concha Rousia

O amor é o mais forte
                que há em nós
                o mais irracional
                o mais grande
                o mais absurdo

O amor é uma fé cega
               no que sentimos
               ou que nos sente
que nos toca desde dentro

Ele é capaz de contradizer
                           o mundo
com a sua simples verdade
e achar sempre o caminho

Tu lutas
          com todos os cinco sentidos
          com o escudo imenso da razão
e ele sozinho
com seus olhos fechados
vence-te em todas as batalhas,

quanto maior a tua resistência
mais forte ele se faz...

Ocupa o nosso universo
fazendo-nos infinitos
                     enigmáticos
                     para nós próprios

Ele realmente nos faz
               sentir Deus
mesmo sendo Ateus

O amor é realmente...
O amor é...
eu não sei o que é o amor

FONTE: republicadarousia.blogspot.com

BONS ENCONTROS: O FORUM SOCIAL MUNDIAL E O OUTRO MUNDO POSSÍVEL...

Para que o FSM se integre na construção do outro mundo possível

           Emir Sader

Onze anos depois da sua primeira versão, o Forum Social Mundial volta a seu berço, Porto Alegre. Volta como Forum Social Temático, mas com todas as possibilidades de que daqui a um ano possa voltar a abrigar o Forum Social Mundial.

O mundo mudou desde então – e como? A avaliação do FSM não deve ser feita a partir de si mesma, mas da capacidade de responder aos desafios que as transformações do mundo impõem desde seu início.

O FSM foi organizado como reflexo das lutas de resistência ao neoliberalismo, que teve na década de 90 seu auge. Constituiu-se inicialmente no grande espaço que reunia a todos os que se opunham ao neoliberalismo, sob o lema da construção do “Outro mundo possível”. Porém, não soube transformar-se para se adequar aos novos tempos – tempos de construção de alternativas ao neoliberalismo e tempos de guerras imperiais.

A aparição do FSM já se deu entre a eleição do primeiro governo antineoliberal na America Latina – o de Hugo Chavez, em 1998 – e os atentados nos EUA – no mesmo ano de 2001. Esses dois acontecimentos, que poderiam ampliar a ação do FSM, acabaram definindo seus limites e revelando como o engessamento inicial imposto pelas ONGs que até hoje tem hegemonia no FSM, tenham sido fatais para os destinos do Forum.


A definição inicial de exclusão dos partidos significava também a exclusão da política, dos Estados, do imperialismo, entre outros temas da esfera da política. A eleição de Hugo Chavez apenas dava inicio à serie de presidentes latino-americanos na mesma onda posneoliberal – o fenômeno mais importante da América Latina na década passada, assim como para a construção do “Outro mundo possível”, dado que no continente estão todos os governos que pretendem superar o modelo neoliberal.


Desconhecer essa virada foi fatal para o FSM, que se isolou diante dos mais importantes acontecimentos da década. Foi convocador fundamental das gigantescas manifestações contra a intervenção militar no Iraque, mas não fez balanço delas e menos ainda deu continuidade a elas, até porque temas como imperialismo guerra, etc.. estão inevitavelmente na órbita de Estados, da politica, em que o FSM se autolimitou para intervir.


Teve a presença de presidentes como Chavez, Lula, Evo, Lugo, Rafael Correa – mas os manteve em atividades paralelas, marginais. O FSM, sempre sob controle de ONGs, se automarginalizou assim dos processos reais para os quais tinha nascido.

De que forma é possível regulamentar a circulação do capital financeiro, sem Estado e governo? Como é possível garantir direitos que o neoliberalismo tinha expropriado, senão através de Estados e de governos? Como é possível superar o Estado mínimo do neoliberalismo, sem Estados e governos? Em suma, o formato a que o FSM se condenou no começo, o levou ao engessamento e à incapacidade de acompanhar a evolução da luta pela superação do neoliberalismo. Para as ONGs pode ser bom que que o FSM seja apenas um lugar de troca de experiências, mas isso fez com que já exista uma nova geração de jovens – os indignados na Europa, os Ocupas nos EUA, na Inglaterra, os pinguins no Chile, os rebelados no mundo árabe – que nem sabe da existência do FSM.

O FSM hoje deveria ser um espaço para que os governos progressistas latino-americanos discutissem com os movimentos sociais dos diferentes países os problemas que tem enfrentado com óticas distintas, seja na Bolívia, no Equador, no Brasil, na Venezuela, no Uruguai, no Paraguai, para dar alguns exemplos. Mas para isso o FSM teria que mudar seu formato, incorporar todas as forças que estão construindo alternativas ao neoliberalismo e mudar a composição das suas direções, deixando para as ONGs um papel secundário e entregando para os movimentos sociais o protagonismo essencial.


Isto pode fazer com que o FSM ganhe, a partir do próximo ano, em Porto Alegre, o lugar que perdeu ao longo do tempo e possa ser o espaço contemporâneo de construção do outro mundo possível.

FONTE: CARTA MAIOR;  o blog de Emir Sader