Jorge Bichuetti
Dados no cassino; a vida
é jogada entre a sorte delirante
e a crua realidade do matemático azar...
Desatino, aventura: me dou,
entregue aos braços cálidos do amor:
paixão tresloucada; Dionísio num beco..
O amor é a loucura que nasce estrela,
flores, sonhos e magia...uma poesia
do luar tatuado no corpo orvalhado dos amantes...
Dados no ar: a vida entre o abismo e a
beleza da ousaida de se amar... ainda que
o sol clareando a vida... diga adeus; jamais
apaga o fogo e o voo, o carinho e o êxtase,
a ternura que seguirá poesia na lembrança
da vida que no escuro e na relva... ousou amar...
A paixão nunca morre: voa emplumada,
como alado fica o corpo enluarado pela arte de amar...
LIVRE, VOO
Jorge Bichuetti
Livre, voo... entre nuvens e estrelas;
roço a pele de Deus, belisco o corpo lunar...
Rodopio no infinito: nebulosas germinativas nas
curvas entre as cantigas de nostalgia do meu coração
e o silêncio sinfônico da incomensurável imensidão...
Tudo é belo; u'a perfeição trans-sideral
que me acolhe, me torna um bailarino;
porém, não suprime a dor dilacerante da saudade.
então, eu volto... e reconheço nos teus abraços
o próprio azul da horizonte sem fim,
quando amando-nos teus braços é
meu cais, meu terno e cálido ninho...
AMOR
Jorge Bichuetti
O amor é cio germinativo
da vida que sonha, dos sonhos
que se cansam das aparições virtuais
e desejo... carino e ternura, corpos vivos
que perfumam o universo na potência
do encontro e carícias das flores carnais...
o amor é u'a flor
no coração da vida
entre passarins e borboletas
como um mundo colorido
relampejando no deserto
da nossa agônica solidão...
jorge bichuetti
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