sexta-feira, 27 de julho de 2012

HÁ ENTRE A POESIA E O SAMBA, UM VÍNCULO: SÃO FLORAÇÕES DA ALEGRIA; RESISTÊNCIA PELA VIDA.... NO SONHO DE UM NOVO DIA..

Alegria, flor que dá
luz e caminho, um ninho
no arvoredo da paixão...


A lágrima fica no espinho,
quando chega o amor, a vida
se dá entre o mar e novos luares..


                                jorge bichuetti


no canto, é alegria;
o samba é a poesia
de um povo que crê
na liberdade, na luta:
é raça, 
cumplicidade da estrela d'alva 
com os raios de um novo dia...


                        jorge bichuetti



ENTRE PEDRAS, FLORES...


DIÁRIO DE BORDO: UM ETERNO APRENDIZ...

                               Jorge Bichuetti

Noite alta... Os álamos bailam, valsando com o tempo... O vento que arrepia minha pele, perfuma... A roseira com seus cachos, o limoeiro com seus sonhos de samba e caipirinha; a romã com promessas de amor... Meu quintal é mi'a Igreja: fé na vida, esperança no caminho, escola de humanidade...
O sono, entre dores e inquietações de malabarista, se foi... Ficaram os Sonhos, ficou Luinha... Carinhosa, deita-se no meu ombro... Juntos espiamos a noite, o luar e as estrelas... Tudo é tão belo... As próprias nuvens discretas parecem leitos siderais...
O meu café quente, me abraça por dentro, e por fora, me dá saudades...
A saudade é a voz do coração que presentifica o passado... o que partiu, ficando. E dá presença aos que distantes nunca se ausentam...
O silêncio é a poesia escrita pelo infinito no coração que sonha...
Entre suspiros, palavras... escritos na pele... desenhadas na alma.
A poesia é a vida que rompendo o silêncio dá voz as cantigas do infinito... as que cantadas, foram esquecidas... e as que estão por nascerem...
No silêncio, entre poesias e canções, vendo que viver é recomeçar... não tenho dúvidas: a utopia não é uma miragem, uma ilusão... È ânsia da vida... da vida parideira... vida metamorfoseante... vida que se deseja realizar no balançar das mudanças...
Quieto, atencioso... o universo desnuda meu analfabetismo: nos tiraram a audácia de escrever no caminho, lutando... o amanhã, a aurora, o despertar...
No além-mar, uma pérola numa concha nos sussurra a visceralidade cósmica das pulsações da nossa própria humanidade...Com paus e pedras, constato, vendo o poder das florescências que insurgentes nos chamam para o salto... Um salto vitalizante, inovador... criativo e germinativo: há u'a humanidade de suavidade e paz, dentro de nós, esperando inquieta, pois deseja ser parida para aniquilar as desumanidades...
Aprendo, sempre... Não falo do que sei... sei tão pouco... Eu grito o canto da vida que rebelde e insurgente é ternura e compaixão, contida e negada pelos canhões de ferro e de palavras, que vão impedindo-a de ser parida... E, assim, seguimos... desligados do pedido da vida que nos quer hoje como ventre do amanhã.
"Não é preciso conquistar o mundo. Basta fazê-lo novo. Hoje. Nós. " Subcomandante insurgente do EZLN.


POESIA: NO CÉU, U'A REVOADA DE ESTRELAS...

                  ALÉM
                        Jorge Bichuetti


Não sei, ao certo, o que
faz o horizonte pulsar, cantar e bailar;
mergulhado na poeira do mundo, pouco sei
das magias e travesuras que moram além
do que vê e sente as batidas trôpegas
do meu pobre e solitário coração...


Não sei... Nada sei do além...


Somente, ajoelho-me ante 
a revoada de estrelas que dão vida
a miserável vida dos becos esquecidos...
Nela, eu vejo a ternura dos abraços
que agigantam os pequenos no carinho
das mãos macias dos anônimos deuses...


                            UM ANJO
                               Jorge Bichuetti


Há um anjo no coração
das flores, dos passarinhos e das canções...
Um anjo azul... 
de sonhos que voam além dos abismos.


Há um anjo nas tuas mãos 
que com ternura e carinho me adormece;
para que eu... possa estar co'o coração no azul
do céu... 
pintando miragens das alegrias saltitantes
que ainda nem mesmo nasceram...


SOCIEDADE DE AMIGOS: A POESIA DE CONCHA ROUSIA; TRANSVERSAL CÓSMICA DA HUMANIDADE ERRANTE E ALADA...

Perdão

    Concha Rousia

De quantas formas
se pode não pedir
perdão? ....

As outras todas

as restantes,
quero usá-las
esta noite...


FONTE: republicadarousia.blogspot.com

BONS ENCONTROS: EN-CANTOS DAS GERAES, O VENTO VALSA DISTRAÍDO NO TEMPO..

ELOMAR;  ARRUMAÇÃO...


Vida agreste       cáctus e
                  canção
da semente...      no pilão.


                                  jorge Bichuetti


GRUPO CORPO; SANTAGUSTIN


Noite entre corpos;
paixão e fluxos faíscantes -
na travesa, a vida... um voo
no azul do horizonte; estrelas -
         ponteiam abismos e re-cantos siderais...


                              jorge bichuetti


MILTON NASCIMENTO; CAIS...

Cais e ninho, 
      voo
pelo  mundo
    Geraes;
montes e cachoeiras
    na soleira do quarto
          numa flor, o amor -
mina cristalina, saliva de mel...


            jorge bichuetti
.


Nietzsche afirmava que não se vence o diabo com palavras; mas, sim, com riso, música e dança...


MESTRES DO CAMINHO: TAGORE; A SERENIDADE NA POESIA QUE CANTA O VENTO...

                   REFLEXÕES:

- "O homem mergulha na multidão para afogar o grito do seu próprio silêncio."

- "Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei."


- "Que é isto que aperta meu peito?
Minha alma quer sair para o infinito ou a alma do mundo quer entrar em meu coração?"


               TAGORE


SOCIEDADE DE AMIGOS: O POESIAR DA BORBOLETA SIDERAL JOSIANE SOUZA

 POESIAS DE JOSIANE SOUZA

SECREÇÃO

 

Espremidos pela noite que nos desemboca nas fissuras eternas do universo,
Apalpando com os fios de cabelo as assombrações do inverno,
Queimamos na fogueira dos desejos nossos sonetos frios e sonâmbulos,
E através da fumaça dos sonhos, alcançamos nas epidermes incendiadas
O encontro flutuante das almas enigmáticas.
Desvelado o cardume do que agora escorre de nós,
Permeio o bálsamo fresco que com a língua capturamos,
Garatuja o vento que nos arranha os pensamentos.
Rasteja o temor que nos envenena os corpos mordidos,
E a noite, então, passa a ser apenas um lençol escuro,
Sobre o qual adormecem nossas ardências soturnas, 
E nossos tropeços perdidos.


O espesso véu de neblina que se estende sobre a rua e as coisas,
que não vejo.
Encobre os passos dos pensamentos que soturnos correm,
e não escuto.
As sombras das casas desenham nas calçadas os submundos,
que não sinto.
Enlaça com a neblina a fragrância dos meios fios,
que não cheiro.
A noite vibra misteriosa e fria no fora,
que não entro.
E dentro o dia arde nas cortinas do quarto
e eu saio.



                        PONTILHADO


Deslizam as vozes suadas pelas gargantas dos dedos
Gritantes, ventosas dos lábios estilhaçando molduras
Caricatas, emersão de pelos borbulhando na espinha
Efusiva, cratera de delírios, de lírios, de rios.

Ponta de passo, no meio do braço, abraço
E passo.
Na beira das pernas laço um calço 
E alço.

Subo e sumo

Derreto e desço

Afogo no fogo e morro.



                      Colmeia Intensiva


EnxamE
En xama
Enxa mE
mE xamE
xama mE
naxE
E manxa


quinta-feira, 26 de julho de 2012

MESTRES DO CAMINHO: NOITE ESTRELADA NA INSURGÊNCIA DE TAGORE

                      REFLEXÕES:

- "Se choras porque perdeste o sol, as lágrimas não te deixarão ver as estrelas."
 
                         Rabindranath Tagore

sexta-feira, 20 de julho de 2012

FILOSOFIA DA SIMPLICIDADE: QUAL O OFÍCIO DE UM POETA?

                      Jorge Bichuetti


É um lixeiro-ecologista: varre, limpa e recicla a podridão da vida que nos marcam com feridas e cicatrizes, lágrimas e mágoas...
E, igualmente, é um mágico: bruxo: semeador: materializa o novo, a ternura radical e o amor sem fronteiras do porvir no solo árido do presente...



LUPICINIO RODRIGUES: LOUCURA E AMOR

Loucura? é lágrima solitária;
silêncio no caminho sem versos
que embora tristes cantam mi'a dor...

Loucura?... é vida que no vazio do abandono
perdeu um canto, um encanto... a vela alumiando
as batidas trôpegas de pobre coração...

                                jorge bichuetti


amar é arriscar-se
num salto à procura de u'a estrela;
estrela que vaga e se vai
nos deixa no vácuo do abismo
da saudade temperada de desilusão...

                     jorge bichuetti



ENTRE PEDRAS, FLORES...


POESIA: CORPO E MENTE

                EU
                    Jorge Bichuetti


Creio que meus olhos 
me enganam, embaralham a vida e o mundo:
se procuro meu corpo, 
miro os voos da mi'a mente;
se ando atrás da mi'a mente, 
ai, vejo, as cicatrizes do mundo
que feriram inclementes 
a pele do meu corpo... e, assim,
meu coração enlouquecido 
ganhou vida própria...
imponente e destemido, 
le sonha e espera...
guerreiro, ele se crê, 
altivo e esperançoso, asas,
asas da vida para saltar abismos e mergular na paz
que nasce na aura do luar 
e nas vozes da aurora...


Louco, meu coração quer o amanhã; 
pois o pobrezinho anda indiganado com passado
que atrevido bloqueia a poesia do presente -
os sonhos que são sementes; 
a fé que é resistência...


Ele não entende a vida longe do alvorecer
do amor incondicional 
que sopra as cinzas do tempo
e faz florescer os caminhos encantados do porvir...


DIÁRIO DE BORDO: ENTRE AVES, MARIAS...

                                  Jorge Bichuetti

Amanheci cedo... Céu azul borrado de cinzas... Nuvens claras e calmas... No ar, o canto de uma multidão de pássaros... Ali, no quintal, junto ao burburinho dos álamos, vi e saudei o novo dia....
Luinha ficou no cálido aconchego dos cobertores... Faz frio. O café quente é carícia no coração inquieto...
Ontem, no Encontro de Educadores de Creches pude ver o valor do trabalho que é amor e compaixão...
Quantas Marias cuidando das pequenas aves que cantarão na aurora do tempo quando no caminho nossa luta semear uma nova primavera de suavidade e inclusão.
Fui feliz; embora, atrapalhado entre mi'a incapacidade com as máquinas... o telefone caía quando o amor queria dizer mais uma palavra; meu corpo teimoso, noutros momentos, falou demais quando somente devia admirar e aprender... lições de solidariedade das dores contadas e no trabalho vivido que relatado me fazia desejoso de cantar para todos os que labutam com o0s desafios da educação:



Penso que ando meio louco. Desejo a todos que amo, aos que vejo sofrendo e aos que encontro lutando, dar com carinho e ternura uma lua branca...
O luar me alimenta; a aurora me aquece e energiza... Mas, o olhar do ser humano, na dor e na alegria, me contagia e dá sentido e vontade de viver... de viver, guerreando... sonhando com um novo mundo de paz e serenidade, amor e compaixão...
Com é belo a vida tecida no horizonte azul das amizades cristalinas...
Como será belo o mundo erguido pelo perfume das floradas da solidariedade, que flor no território dos corações.
Eis minha loucura...
Não sou o único...
Afirma o professor Antônio Cândido que a utopia socialista pode não nos assegurar o paraíso, mas que sem ela já estamos no inferno...


MESTRES DO CAMINHO: RUBEM ALVES... VIDA AZULADA NA ESPERANÇA...

            REFLEXÕES:


- "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."

- "A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente "


- "Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles."


- "Toda alma é uma música que se toca."


           RUBEM ALVES; O EDUCADOR DA SERENIDADE AZUL...


quinta-feira, 19 de julho de 2012

POESIA: O MUNDO E A ROSA...

                 NO CHÃO...
                         Jorge Bichuetti


No chão, encontro
a magia da tristeza
que lágrimas caídas
a depositaram no chão;
olho, cheiro e sinto...
a dor do mundo aduba
a florescência das rosas...
E as rosas orvalhadas de sonhos
secam o pranto da vida...


Assim, corre o tempo...
Assim, brota as manhãs...
Assim, o ontem é sepultado,
na vida que renasce
no verdejar de u'a nova primavera...


No chão, entre vermes, 
os deuses reciclam os expurgos do mundo...


                NOUTRO MUNDO
                         Jorge Bichuetti


Noutro mundo, que virá,
os caminhos serão floridos;
pois, um dia, o homem cansará
de ser, da vida, o espinho...


Noutro mundo, que virá,
a ternura será a lei e o chão
onde brotarão alegres novos sonhos:
e a paz, então, cantará
num coral de rosas e estrelas
que diariamente celebrarão
no direito de amar o embrião da vida...


A vida voará, então, encantando
deuses e monstros que só saberão
conjugar serestas e cirandas
no carinho, da terra e do céu,
que verdejarão os caminhos no
celeste azul do horizonte da alegria...


Noutro mundo, u'a sociedade de amigos
fará do chão um jardim estrelado
e do céu... um teto cósmico para abrigar
as sementes vivas da solidariedade...


BONS ENCONTROS: ADELIA PRADO... CANTO DE ESTRELA NAS VEREDAS DO AMANHÃ TRICOTADO NA POESIA...

ADELIA PRADO, A POESIA NAS MÃOS DE MULHER... FIOS DO AMANHÃ...






O AMOR E A VIDA NA POÉTICA ESTELAR DE ADELIA PRADO...



MESTRES DO CAMINHO: NAS GERAES; O RE-ENCONTRO COM ROSA(S)

              REFLEXÕES:

- "Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa."

- "O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem "



- "Felicidade se acha é em horinhas de descuido."

             JOÃO GUIMARÃES ROSA

 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

UNIVERSIDADE POPULAR: NOVOS PASSOS

AMANHÃ, 14/07/2012 - REUNIÃO MENSAL DA UNIVERSIDADE POPULAR...
PLANEJAMENTO SEMESTRAL E TROCAS PELA CONSTRUÇÃO DE UMA CAMINHO DE EDUCAÇÃO, ARTE, ECOLOGIA, PRRRÁTICAS DE SAÚDE, E SOCIAIS DE CIDADANIA...


AV NOSSA SENHORA DO DESTERRO, 545. CRECHE CORAÇÃO DE MARIA. UBERABA...


DIVULGUE... PARTICIPE... O SONHO É O CAMINHO DA PRIMAVERA QUE NASCE NO CORAÇÃO DO POVO...


DIÁRIO DE BORDO: SUAVIDADE E PAZ...

                          Jorge Bichuetti

Os passarinhos cantam...Escuto a melodia suave do bailado dos álamos... e a voz cândida da última estrela. Um novo dia chega...
Luinha, já mocinha rebelde, dorme; mas, de quando em quando, escuta as canções da vida que na manhã falam de suavidade e paz...
Viver é simplificar o caminho, sem economizar nossos sonhos azuis...
Conta a minha Luinha que Dona Dilma, embora não tenha ainda conhecido a serenidade das manhãs no nosso quintal, ontem glorificou-o, chamando a atenção para o Produto Interno de Suavidade...
Ouro, Dólar, reais... falam do produto bruto; mas, nossas crianças e adolescentes, nossos rios e riachos, nossas matas... conta da luta que se dá para que tenhamos um país de suavidade e paz...
No SUS, luta-se por acolhimento...
Nas favelas, por reabilitação criativa...
Precisamos criar um país de suavidade e paz...
Sinto que os passarinhos auscultam meu texto e concordam... andam mais tranquilos.Viram que o Veta, Dilma!... confirmada pela nossa maternal presidenta, deu suavidade e paz a nossa mãe natureza.
Nas nossas vidas, também, urge que mudemos a lógica de medir nosso crescimento...
Podemos crescer na acumulação de bens e recursos; como podemos crescer na alegria de viver intensamente a suavidade a paz que pinta de azul nossos mares e nosso horizonte.
A truculência e a soberba não irradiam vida nos entornos da paz...
A paz mora no coração das cirandas infantis e dos velhos seresteiros...
É roda-de-samba... onde Cartola relembra que o sol nascerá... e Caymmi, nos ensina a viver com coragem e ousadia, dizendo que é doce morrer no mar... Nela, a filosofia é Noel Rosa asseverando que a aristocracia troca alegria por hipocrisia.
Precisamos de alegria, suavidade e paz... e a multidão não encontra estes produtos no mercado...
Moram na poesia que nos educam capacitando-nos aos voos da paixão com a prudência de não juntar amor e dor.
Vive na altivez da Comissão da Verdade que pouco-a-pouco vai nos trazendo a cantoria dos sabiás...
Suavidade é vida partilhada, solidariedade ativa... ternura vital e compaixão generosa...
É liberdade na ética do Bem Comum...
Palavra e silêncio... amigos, discos e nada mais...
A hora é de colorir o país... Celebrar e festar, borboletear...
Quem dera... suavemente, pudéssemos dizer somos o país que na paz, na amizade, na superação dos preconceitos, na inclusão social e na cidadania... temos suavidade e paz... por sermos o maior produto interno de alegria...
Eis a alma que sonhamos para o pais e para o nosso coração...


POESIA: ENTRE MARES...

        MEU BARCO ESTELAR
                           Jorge Bichuetti


Navegar é meu destino,
pois busco no horizonte
a mi'a estrela tão bela,
u' flor demais menina....


Meu barco segue sem leme,
ondeia nas cordas... do meu próprio coração...
às vezes, entre estrelas... doutras, no mel da paixão...


Nele, mar e céu vivem juntos,
aninhando meus sentimentos:
há amor e canto, magia; e há
lágrimas cósmicas de saudade
da vida que um dia virá entre
a areia e o azul encantado no
sonho mareado pelos ventos 
que sopram o ondear da poesia...


                 SÓ LOUCO...
                         Jorge Bichuetti


Navego na loucura
de amar no azul anil
das ondas tresloucadas
da paixão que é delírio -
onda no mar do destino
sem praia pra se aquietar...


SOCIEDADE DE AMIGOS: CONCHA ROUSIA; POESIA E CANTO DO A-MAR

ONDAS DE SAUDADE
               Concha Rousia

Nos meus cabelos

Viajam as ondas do mar
Pois foi a mão do mar
que me deu os cachos

Mistério que espero
nunca desvendar...

Agora toco meu cabelo

E quem se umedecem
São os meus olhos...

As lágrimas correm

em silêncio salgado
até a praia dos lábios
pra matar minha sede
e calmar meu sonho
de eterna sereia... 


fonte: republicadarousia.blogspot.com



 

BONS ENCONTROS: RODA-DE-SAMBA.... NELSON CAVAQUINHO E MARIO LAGO..

"O SAMBA É A TRISTEZA QUE BALANÇA...
E A TRISTEZA TEM SEMPRE UMA ESPERANÇA;
DE UM DIA, NÃO SER MAIS TRISTE NÃO..."



MALANDRAGEM NA ALEGRIA QUE GINGA...



MARIO LAGO E A POESIA NA RUA...



O BOM SAMBA É UMA FORMA DE ORAÇÃO"...


MESTRES DO CAMINHO: PARA SER FELIZ, SIMPLIFIQUE!!!

                 REFLEXÕES:


- "Simplicidade é a sofisticação máxima.' Leonardo da Vinci 

"Simplicidade, simplicidade, simplicidade! Tenha dois ou três afazeres e não cem ou mil em vez de um milhão, conte meia dúzia... No meio desse mar agitado da vida civilizada há tantas nuvens, tempestades, areias movediças e mil e um itens a considerar, que o ser humano tem que se orientar - se ele não afundar e definitivamente acabar não fazendo sua parte - por uma técnica simples de previsão, além de ser um grande calculista para ter sucesso. Simplifique, simplifique." Henry Thoreau

- "Sempre reverenciei, não a verbosa rusticidade, mas a santa simplicidade." São Jerônimo  



quinta-feira, 12 de julho de 2012

DIÁRIO DE BORDO: LUINHA; ECOS DE SAUDADE...

                    Jorge Bichuetti

Escrevo com a borra de café que, se não fala do futuro, conta-me histórias do passado e, nelas, a vida vivida, o caminho percorrido... amores e paisagens que moram no meu coração. Luinha saltitante é a alegria permanente... Ela seca minhas lágrimas...Vê no hoje a força do eterno retorno... Assim, sua saudade é canto de magia, evocando canções e poesias, amigos e manhãs que afirmam que a vida é o voo do nosso coração, com as asas da luta, buscando na linha do horizonte a vida remoçado no carinho da aurora...
Tudo passa... volta metamorfoseado, com a riqueza formosa das experiências vividas.
Tento madrugar; ela tenta me convencer que que se pode esperar e lutar, sonhando...
Molho, então, meus pés no Rio Grande que o tenho vivo na memória... e canto.
Povôo de canções e poesias... o caminho. Ele é a própria vida, no tricotar dos nossos passos...
No quintal, a suavidade dos álamos bailarinos e das rosas regateiras me ensinam que alegria é desengaiolar-se e voar... Voar, outrando-se... voar, reencontrando-se com os que partiram e com os que irão chegar...
O individualismo da globalização neoliberal turvou nossa visão... Corroeu a força do nós...
Somos tribos... O coração não se intimida com as medições da distância.
Ele é pulsação viva que pede a alegria dos bons encontros...
Nossos passos no caminho podem acorrentados nos aprisionar na solidão e no isolamento; se insurgentes, rompem os os elos da corrente e ganham asas... alados, então, conseguimos criar um rede de amigos, uma tribo... Vida comum na roda-de-samba; na seresta... na prosa no fogão-de-lenha...
Não é normal voar... parece que anda proibido sonhar... Regras da normalidade instituída...
A vida é potência no encontro; alegria no horizonte azul...
As barreiras são todas do nosso ego, que é, tão-somente, a parte de nós que introjetou as restrições e inibições do socius... somos mais...
A tirania exclui a transversalidade que nos permitiria acessar nossos eus não-paridos, nossas potências desconhecidas...
A submissão à rotina nos entristece; nos apequena...
Há um Super-homem na vulnerabilidade humana criativa que nos marca a existência.
Ativar nossas potências; desbravar clareiras na escuridão... desnudar bifurcações nas encruzilhadas é a arte de alijar de si a servidão e dominar o próprio destino...
E, assim, ir pela vida florescendo sem medo de ser feliz...


POESIA: UMA FLOR E UMA XÍCARA DE CAFÉ...

                     HOJE, RESTA-ME...
                                Jorge Bichuetti


Já teci sonhos dourados
com fios recolhidos no baú;
viajei pelo infinito... pousei no luar...


Já amei com volúpia e ternura,
numa suave loucura de ser
a eternidade de mãos dadas...


Depois, a quietude sonâmbula
me deixou só... no chão sentado.
Mirando o horizonte com saudade...


Embora, resta-me a fumaça,
com nuvens e paisagens, no sopro
do cigarro... um xícara de café quente
e a velha flor seca... no livro fechado.


                                          ADEUS
                               Jorge Bichuetti  

Não creio
nos fúnebres adeuses
da vida tímida
no terror do amor negado...


Não choro
no lenço branco das despedidas;
guardo-os orvalhados no vento...
pois, no apito do trem, o adeus
soa agônico... nos trinados da volta
que nos enrola no manto cálido
da vida que rodopia no malabarismo
dos fios que tecem o eterno retorno:
música do tempo; magia do vento...




      

BONS ENCONTROS: SARAMAGO; O EVANGELHO DA VIDA COTIDIANA...


JOSÉ SARAMAGO - OPINIÃO... UMA JANELA DA ALMA



SARAMAGO - ENTREVISTA...



SARAMAGO E A DEMOCRACIA, SANTA NO ALTAR...



MESTRES DO CAMINHO: JUNG E TRANS-VISCERALIDADE CÓSMICA DA VIDA

                      REFLEXÕES:

-  "Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro."

- "Todos nós nascemos originais e morremos cópias."


- "Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos."

- "Os sonhos são as manifestações não falsificadas da atividade criativa inconsciente."


- "Ser normal é a meta dos fracassados!"

                                    CARL JUNG




SOCIEDADE DE AMIGOS: O AMOR NOS REDEMOINHOS DO TEMPO - POESIA DE ADILSON S SILVA...

O tempo... E o amor

            
                 Adilson S silva..

O tempo pára num beijo,
Num suspiro de amor
Ou num orgasmo,

Meu bem...
Não se espante
E nem se encante
Com as coisas que lhe digo.

O amor é uma coisa frágil,
Aguça o desejo,
Esvai-se num desatino,
Às vezes rápido como um espasmo,
Outras, o dom do divino,
Ou desilusão e desencontros
Entre a rosa e o cravo...

Mas...
O tempo pára num beijo,
Num suspiro de amor
Ou num orgasmo.







14/07/2012 - ENCONTRO MENSAL DA UNIVERSIDADE POPULAR