Madrugada, chove... Silêncio e quietude... Miro meu quintal, abraçado com minha doce Luinha: escutamos entre os estribilhos da chuva a poesia do vento... Vento, amigo-andarilho, que carrega versos e proseia, mineiramente, aconchegando nossos corações na alegria de ver a vida, longe das ilusões, a vida que é vida de justiça e esperança, ternura e comunhão... Vida - mar e cais... Vida - voo e ninho...
Viver é recomeçar... deixar o caminho parir na esteira do tempo novos horizontes e novos sonhos... Floradas da terra adubada nas lágrimas da luta...
Viver é recomeçar com coragem e alegria, enxergando o etecetéra, multiplicidade criativa e de devires, na vida remoçada fora da escuridão dos redemoinhos...
Viver é recomeçar... Recomeçar é dar-se aos eus não-nascidos, na vida passarinheira, dos que andarilhos do porvir, desbravam na noite escura o clarão e as clareiras que recolherão o orvalho, canto da aurora na poesia do novo dia que recomeça no fogo aceso para alumiar as manhãs...
Nunca saberemos , ao certo, este mistério da magia: é a poesia, filha ou mãe da vida?...é a poesia, a ferida cicatrizada do ontem que na fúria indignada se devém amanhã?...
Quando sofremos, muitos nos estimulam a ser resilientes... Mas, há o luar, as manhãs, o canto dos passarinhos... E, assim, negamos os clamores da resiliência e nos colocamos de corpo e alma nas produções inovadoras da resistência... E aí nasce nossas singularidades, novos rizomas, novos caminhos, novos horizontes... A vida acontece em partos de dor... Nos parimos novos homens e parimos nova vida... Resiliência é recomposição... não é recomeço; é retomada da mesmice medíocre que nos fere e sangra... Recomeçar é saltar sobre o abismo, carregando o nosso corpo grávidos de um novo tempo, o tempo da ternura e da compaixão, da justiça e da inclusão, da alegria e da arte, do amor tresloucada e do porvir inusitada...
Mágoa?... Ressentimento?... Não, só a ira indignada dos ousam se apaixonar pelo sol de solidariedade que inaugurará o amanhã...
Somos sementes, somos sementeiras...
Somos o carinho das manhãs ternas nos quintais onde cantam os passarinhos; somos a força guerreira, nascidas das manhãs, ávidas de um novo mundo possível e necessário... Somos no hoje o amanhã...Assim, caminha a vida na alegria e coragem do recomeço... manjedoura do porvir...
um querido abraço ao amigo Gregorio F Baremblitt... aos amigos da Fundação Gregorio F Barenblitt / Uberaba, à Upop-JA... aos amigos de Da Fundação e Instituto de BH... aos amigos de Frutal, Araxá, Uberlândia, Assis, Londrina e Maringá... E aos amigos de toda a nossa América Latina...
ENTRE PEDRAS, FLORES...
SETEMBRO - IX CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESQUIZOANÁLISE E ESQUIZODRAMA, SAÚDE MENTAL E DIREITOS HUMANOS. UBERABA, MG, BRASIL
FEVEREIRO: RETOMADA DAS ATIVIDADES DA UNIVERSIDADE POPULAR JUVENAL ARDUINI; Upop-JA
NO AR, O CARNAVAL DA INCLUSÃO... ESQUENTA SEUS TAMBORINS...
"Lutar é sonhar, semeando primaveras e desbravando o horizonte azul... Lutar é adubar com ternura o solo fértil e sonhador dos nossos corações..."
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