quinta-feira, 8 de julho de 2010

DIÁRIO DE BORDO: QUANTO CUSTA SONHAR?

                                                    JORGE BICHUETTI

Já quase não sonhamos. Escravos do fatalismo, levamos a vida: repetimos o vivido e executamos o imposto pelas expectativas e normas do socius.
Deixamos a vida acinzentar nossos sonhos.
O homem é belo porque é um estar entre o animal e o além do homem.( Nietzsche)
Ir além, romper barreiras, inventar a si mesmo e reinventar o mundo são desafios que o tomamos para nós ou nos escravizamos a rotina aborrecida e tediosa do dia-a-dia.
Os normais - protótipos do status quo - vivem sem sonhos.
Se acomodam à realidade e não ousam romper, ali, onde está a fronteira.
E sem novo, adoecem, se amesquinham e se apequenam.
Não exploram o que pode o homem e a vida.
Nunca afirmam, simplesmente negam...
O sonho nos fazem diferentes, nos singularizam, pois são inspirações de afirmação da vida commo potência de alegria e solidaridade, liberdade e ternura, justiça e amor.
Territorializados pelos poder, negamos a afirmação de nossa potência.
Assim, nos tornamos escravos da tristeza.
Busquemos a alegria e vida, e na singularidade da ousadia dos sonhadores saibamos inventar um outro mundo possível

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