ENTRE PEDRAS, GIRASSÓIS
jorge bichuetti
M
Máquina de guerra:
feita de flores e bravura,
permite ao homem que erra,
voar co’asas de ternura.
Máquinas desejantes:
As abelhas e a colméia
tecem, nos inconscientes,
uma suave epopéia
de prazeres indecentes.
Se há devir, seu locus:
uma ou outra minoria...
Os grandes prendem-se aos focos
da realeza de senhoria...
Molar e molecular:
de peso e densidade;
o molecular, fluidez,circuitos de liberdade.
Multiplicidade:
Se a multiplicidade
diversifica o homem;
gera u’a complexidade
onde os fantasmas somem...
N
Nômade:
O nômade anda errante;
livre, sente-se estrangeiro...
Dele, emerge um levante
do homem fora do viveiro.
N sexo:
Zé e Alan, Eva e Marina...
O desejo flui na alegria,
cósmico, não tem cortina...
O
Opressão:
Atrás da cruz, opressão
do povo e da humanidade;
na luta, libertação
num devir solidariedade.
P
Prazer:
Ah! o prazer atrapalha...
sentença paradoxal:
é um telhado de palha
num redemoinho colossal.
Produzir é semear
fagulhas do infinito;
um incessante inventar
novos grãos do pó de um mito.
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