JORGE BICHUETTI
O fascismo com suas atrocidades não conseguiu decretar a orfandade do socialismos, nosso sonho de libertação.
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Nenhum passo atrás...
Aparição com vida...
O outro sou eu...
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Escutamos, sentimos ,vimos: uma caminhada de vida, produção e solidariedade.
Com elas, aprendemos muito...
Resistir, lutando;
lutar, sonhando...
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Suas lições, exemplos de vida, ficaram como alimento e sustentação do sonho.
... O sonho não só persistiu...
Ele está vivo, floresceu, deu frutos e novas sementes.
Venceu a morte e se fez projetos...
Univerdidade Popular,
Comedor comunitário,
Editoria, livraria e café,
Cooperativas sociais Sonhos Compartidos,
Uma rádio,
Vila Luz reconstruída,
Espaço Cultural Nossos Filhos e mais , mais , e muitos mais...
Como disse , Rosa : a vida é etceteras...
Para Elas, sim: luta incansável, doação ao sonho....
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Vivificam o sonho de seus filhos. Filhos tristemente desaparecidos .
... Contudo, vencendo a morte, eles, as vítimas da crueldade da ditadura, não se foram.
Estão presentes.
Seus sonhos são hoje realizados na luta de suas mães que antes cozinhavam e cuidavam do lar. Hoje, cuidam do sonho: a dor da opressão necessita de um sonho de libertação.
Elas são o por-vir, hoje.
E o são, encontrando seus filhos no outro que chora, sofre, agoniza, padece as dores do sistema que seus filhos, um dia, questionaram.
Fabricam vida.
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Toda quinta, mes após mes, ano após ano, voltam a praça e reivindicam seus filhos.
Reivindicam-os, reinvindicando o sonho: justiça social, liberdade, solidariedade e um otro mundo necessário.
Choram, rindo, e se alegram chorando...
Carregam a luta...
São o amanhecer, nas trevas da solidão.
São o árvore frondosa na aridez do deserto.
São o amor...
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Elas me ensinam e com elas não me sinto tão só.
Só tenho um desejo: honrar suas lições...
E seguir, lutando, sonhando... fazendo de cada ato de minha vida uma produção da nova vida, solidariedade viva, que não necessita esperar; a revolução, com Las madres, é aqui e agora..
São num mundo turbulento e confuso, a paz...
Não qualquer paz, a paz do sonho de dignidade e vida, generosidade e ternura...
Elas produzem com o milagre da solidariedade e com a ousadia e coragem da luta de cada dia o novo: uma nova Tera, um povo por-vir...
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Como expressar minha gratidão?
Não sei...
Assim, deixo aqui um poema...
Um poema e uma delas que já não está entre nós, mas que expressa isso que vemos , sentimos e seguimos , sem nome, mas que poderia chamar, inegavelmente, força –madres, nossso farol, nossa vida-ação:
¨Cuantas cosas hermosas quiero ser.
Como un río quiero ser.
Como una flor quiero ser.
Como un día de sol quiero ser.
Como un intectual quiero ser.
Como a ternura quiero ser.
Y como fue mi hijo quiero ser.¨ ( Cota)
Ave, Madres! Lhes agradecemos...
E lhe pedimos : Ensina-nos a transformar nossa indignação em luta, nossa luta em trabalho, nosso em trabalho em floradas de porvir...
POR TUDO QUE SÃO E REPRESENTAM, INICIEMOS, IMEDIATAMENTE, UMA CAMPANHA NA AMÉRICA LATINA E NO MUNDO, PARA QUE LHES SEJAM OUTORGADO O MERECIDO.
A LAS MADRES: O PRÊMIO NOBEL DA PAZ...
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