"As pessoas são pesadas demais para serem levadas nos ombros. Levo-as no coração." Dom Heder Câmara
Já não supotamos o velho orgulho, a inveja, o ressentimento e o rancor, a mesquinharia, a competição, o ódio, a soberba e a violência. Queremos vida nova, queremos homens novos...
Nem a repressão, nem a opressão gerou novidades, institucionalizou o modo de viver excludente e opressivo.
Quase sempre pensamos nossos erros e os erros alheios através da culpa e do ressentimento, velhos mecanismos de manutenção da vida maltrapilha e estropeada.
A psicanálise é pessimista, não crê no novo, pois para ela repetimos continuadamente nossa matriz fundante, a castração.
Spinoza cheio de amor e fé na vida, perguntantava: o que pode um corpo?
E os papiros das tradições cristãs primitivas proclamava: sois deuses.
A realidade no seu limite físico-sensorial é um constante movimento de evitação do novo radical.
Porém, desde Bergson conhecemos outra realidade, o virtual que se atualiza produzindo mudanças profundas e novidades radicais.
Ele é...
Não o acessamos porque funcionamos na racionalidade técnico-instrumental que norteia o status quo.
Assim, surge uma conceituação preciosa de Deleuze: "a atualização do virtual não se move pela lógica da falta ou da limitação, se dá por afirmação, divergência e criatividade."
Eis os escaninhos da geografia do novo.
O novo é vontade de potência e posição de desejo, é relação ativa com a vida mediante luta e produção de um novo mundo e um novo homem, ético e estético, solidário e generoso, amigo.
domingo, 19 de setembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Vannevar Bush desejava substituir os métodos puramente lineares que haviam contribuído para o triunfo do capitalismo e do industrialismo por algo, que em essência são "máquinas poéticas" (grifo nosso), máquinas que capturam o brilho anárquico da imaginação humana, como se considerasse que a ciência e a poesia operam da mesma maneira.
A poesia, a magia e a loucura são racionalidades diversas. A ciência se submete à lógica da racionalidade técnico-instrumental, própria aos processos de acumulação e enriquecimento.
O novo nasce das fronteiras como linhas de fuga onde a desterritorialização fomenta possibilidades/necessidades de inventos radicais.
O capitalismo se reproduz e mata...
resta-nos buscar as fontes do que pulsa e rodopia nas artimanhas do viver e mais-viver. jorge
Postar um comentário