A JANELA
JORGE BICHUETTI
Triste e desesperado, julguei-me só e perdido;
dissequei minha casa e nada recolhi além do passado
que me assombrava com suas incontáveis recordações...
Meus pensamentos rodopiavam a litania dos naufragados
e no meu coração reverberava a lira dos desiludidos,
assim, me vi no fim do abismo, vida numa acre implosão...
Lá fora, o céu estrelado me esperava clemente e paciente,
e o silêncio, orvalhado de palavras de esperança e fé,
comingo dialogava no acalanto de um carinho maternal...
Oh! Misterioso destino. Entre a dor infernal e o meu almejado
aconchego, estava eu mesmo e minha necesidade de decisão:
a vida só não me encontrava porque apiedade de mim,
eu chorava... e chorava... com as janelas fechadas...
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
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2 comentários:
Amigo Jorge, todas as vezes em que abrir as janelas de sua vida, e olhares para o ímpeto horizonte que se espalha, verás, sentada em um galho de árvore cantando junto aos pássaros, sua amiga, de sonhos e lutas e principalmente de coração, e ela te convidará para sentir a brisa tépida tocar sua face num cantarolar frenético com os seres alados!
Mas...quando não quiseres ou conseguires abrir as janelas vitais...não se sinta sozinho, pois mesmo assim a escutará cantarolando, porque ela aprendeu com você passarinho... e então preencherás teu coração de estupendas utopias ativas!!!!!!
Grande e caloroso abraço!
Minha amiga e irmã , Josie, valeu viver, valeu con-viver. Se sua janela é uma estrada de sonhos é que nossos caminhos se dão no espaço das alvoradas.
Confio em você. Admiro você. E sua existência me faz menos só. abraços jorge
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