sexta-feira, 9 de julho de 2010

OS ENIGMAS DA MULTIPLICIDADE

                                                               JORGE BICHUETTI

Todos somos conscientes dos limites do funcionamento normótico: identidade fixa, permanência e estabilidade, rigidez, submissão às expectivas alheia nem detrimento dos próprios desejos e sonhos.
Assim, desejamos mudar...
Muitos esperam a mudança na negação do instituído.
Desejamos a singularidade, a multiplicidade e o devir...
Vejamos, então, algumas assertivas da esquizoanálise:
O superhomem não é fruto da negação, não é reação; é, sim, a transformação da negação numa afirmação. Afirmação ética e estética da vida
A diferença, assim, resulta do exercício da vontade de potência. E depende dos graus de transversalidade, pois são estes que evitam a confusão e a totalização.
Vincula -se ao intempestivo e ao nomadismo.
E emergem da dramatização....
A singularidade, a multiplicidade e o devir são realteridades que urgem serem atualizadas, pelo próprio esgotamento do Eu único e soberano, despótico e castrador..
Contudo, a atualização da realteridade, do novo inédito, tem por regra não a semelhança, e a limitação, mas, sim, a diferença e divergência, e ainda a criação.
A multiplicidade é uma rede de singularidade - afirma Baremblitt.
O Eu uno - é a identidade restritiva da subjetividade capitalística.
A exploração das linhas de vida possíveis passam por uma ruptura com este funcionamento assujeitado e pela conquista de novos territórios de vida que afloram quando nos damos aos acontecimenos, via a intensificação da diferença, a luta nas divergencias e o exercício da potência criativa.
Assim, caminha a humanidade...
Assim, nasce o novo...

Um comentário:

Michel Luiz disse...

"Afetar e ser afetado;
Traduzir e propiciar acontecimentos"

* Emaranhado de situações caosmóticas
* Virtual e virtualidade criativa
* O Acontecimento

Nada disso é tudo, mas tudo isso é fundamental; como diria Gessinger.