quarta-feira, 3 de novembro de 2010

POESIAS: ASAS DO AMOR

                                                          TROVAS
                                                                   JORGE BICHUETTI

Nossa história se perdeu                          As brasas do teu abraço.
entre as nuvens da magia:                         queimaram o meu pudor
evidência de feitiço,                                  e, agora, desnudo e leve,
travessura da alegria...                              faço amor por uma flor...






                                                             AMOR
                                                                 JORGE BICHUETTI
Se amo, sou fogo ardente... Esquecido, cinza e brasa... O amor luta e resiste, se sopre... sobra fumaça!...




                                                           DEVIR
                                                                 JORGE BICHUETTI

Não me suporto
no espelho;
não me desejo
sempre igual...
Outros moram
no meu peito,
neste mundo estreito
que não os querem
acordados...

                                             EU, ERRANTE...
                                                   JORGE BICHUETTI

Um caminho...
Um ninho...
Andarikho
vagueio e me perco                                 
do milho
do trilho...
Agora, só...
hei de encontrar--me
num vôo de passarinho,
num cadinho de carinho...

                                            O SONHO
                                                               JORGE BICHUETTI

O sonho penetra pela pele,
caminha miasmático
e entorpece as vísceras...
O cérebro, então, acorda
no avesso da vida,
num mundo transverso
que é habitado
pela magia do tempo
onde o que passou
e o que virá
se mesclam na mesma dança
de desejo e paixão.
Ele- o sonho - não possui chão,
a vida flutua e os deuses
voam; nada  se aninha;
tudo se acopla e daí
nasce a vertigem e o luar
que faz o corpo floresecer,
se o medo  não forjar
um sobreassalto
e um lépido despertar...

5 comentários:

Samara Dairel Ribeiro disse...

Luz
Djavan

No burro a canga
Na menina a tanga
O verde do mar é um
Verde num toque quase azul
Do infinito ao zoom...
Marelou...
Candomblé oxum
Zamburar pra tirar egum
O que não se ve
Tá aí
Como tudo o que há
Minha fé riu-se de mim
Pelo quanto triste
Eu falei de dor
Como se no fundo
Da dor
Não vivesse a paixão
Mal-me-quer...
A vida segue seu lamento
Um tanto flor
Um leito de rio
No cio
Um cheiro de amor
É amor
Quando não diz
É fogo por um triz
Um trem entrou
No meu eu
E divagou feliz...
E na dor
Eu passo um giz
Arco-irisando a solidão
Na lição
Que o sol me traduz:
Viver da própria luz

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

a luz a procura quem venceu o medo da escuridão.
Abraços jorgr

Maria Alice disse...

Dr Jorge, vou re-apreender com o Beija flor, a levar nas minhas palavras, o AMOR!
Carinhoso abraço. Beijinhos na lindeza Lua... Maria Alice

Bico doce
Lenamais

Beijas tantas flores
levas contigo o doce
que adoça outra face.
Beijas Marias e Antonias
levas o gosto da Camélia
para a pobre Bromélia.
Bico doce mundano
deixas um frescor aqui
que de lá trouxe no bico.
A rosa beijada
diz-se apaixonada
espera teu vôo tonto.
Teu pouso rápido e arteiro
espalha no canteiro
saudade derradeira.
Segues no teu trejeito
de pássaro beijoqueiro
de bico em bico festeiro.
Bico doce que beija a flor
seja flor de qualquer cor.
Beija todas, sim senhor!
sem negar a dona flor.
Voa alegre beija-flor
leva no bico O AMOR.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Saudade, Samara.I Aluz - quem venceu a escuridão - voa nas voragens do alvorecer... jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Maria Alice - eu e alua - esperamos sempre sua presença... Seu carinho é alpiste e alimenta os pássaros que moram nos nossos corações. abraços jorge