De Foucault:
- Devemos não somente nos defender, mas também nos afirmar, e nos afirmar não somente enquanto identidades, mas enquanto força criativa.
- De homem a homem verdadeiro, o caminho passa pelo homem louco.
- Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo.
De Sartre:
- Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.
- O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.
- O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem, do que poderia ter.
- Cada homem deve inventar o seu caminho.
Agora, um poema de despertar mortos e moribundos:
Do Inquieto Oceano da Multidão
Do inquieto oceano da multidão
veio a mim uma gota gentilmente
suspirando:
— Eu te amo, há longo tempo
fiz uma extensa caminhada apenas
para te olhar, tocar-te,
pois não podia morrer
sem te olhar uma vez antes,
com o meu temor de perder-te depois.
— Agora nos encontramos e olhamos,
estamos salvos,
retorna em paz ao oceano, meu amor,
também sou parte do oceano, meu amor,
não estamos assim tão separados,
olha a imensa curvatura,
a coesão de tudo tão perfeito!
Quanto a mim e a ti,
separa-nos o mar irresistível
levando-nos algum tempo afastados,
embora não possa afastar-nos sempre:
não fiques impaciente — um breve espaço
e fica certa de que eu saúdo o ar,
a terra e o oceano,
todos os dias ao pôr-do-sol
por tua amada causa, meu amor.
Ó HÍMEN! Ó HIMENEU!
O hímen! O himeneu!
Por que, me atormentas assim?
Por que, me provocas só
durante um breve momento?
Por que é que não continuas?
Por que, perdes logo a força?
Será porque, se durasses
além do breve momento,
logo me matarias
com certeza?
Walt Whitman, in "Leaves of Grass"
2 comentários:
Jorge querido, não há temor nem demandas. Não há tormentas nem impaciências. Mas há o tempo e o derreter dos torrões.
beijo
M
Marta, há a vida .. potência florescente a ser semeada e colhida...
abraços jorge
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