quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MESTRES DO CAMINHO: FLOR ESPERANÇA ... (2)

                                                 FRASES DO SUBCOMANDANTE MARCOS



- Ensinou-me o velho Antonio, que somos tão grandes quanto o inimigo que escolhemos para lutar, e tão pequenos quanto grande for o medo que tivermos.
  Escolha um inimigo grande, e isso te obrigará a crescer para poder enfrentar-lo.
 Diminua seu medo,, porque se ele cresce você vai diminuir, me disse o velho Antonio numa tarde chuvosa de maio, nessa hora em que reina o fumo e a palavra.
- Marcos é gay em São francisco, uma prostituta na Cidade do México, um negro na África do Sul, um chicano em San Ysidoro, um anarquista na Espanha, um palestino em Israel, um maia nas ruas de San Cristóbal, um judeu na Alemanha, um cigano na Polônia, um pacifista na Bósnia, uma mulher solteira no metrô às dez da noite, um camponês sem terra, um membro de gangues nas favelas, um trabalhador desempregado, um estudante infeliz, um zapatista na montanha.
- Não à burocracia da esperança; não a imagem inversa e, portanto, semelhante a que nos aniquila. Não ao poder com novos símbolos e novas roupagens. Um alento sim, o alento da dignidade. Uma flor sim, a flor da esperança. Um canto, sim, o canto da vida. A dignidade é essa pátria sem nacionalidade, esse arco-íris que também é poente, esse murmúrio do coração que não se importa com o sangue que o alimenta, essa rebelde irreverência que burla fronteiras, aduanas e guerras. A esperança é essa rebeldia que rechaça o conformismo e a derrota.
-  Se não sei qual é a velocidade do sonho, tampouco sei se remendo as botas ou o coração.
-  Qual a velocidade do sonho? Não sei. Mas agora, nesta madrugada de setembro, sem outra companhia que a do vento gelado, com a chuva tamborilando impaciente no teto da choça, e somando a nuvem que levo com a que lá de fora repousa, me ocorrreu, que, tal vez, na mesma velocidade com a que, no meu sonho, a sombra que sou se desvanesse na outra e amável sombra da entreperna dela, enquanto com meus lábios escrevo promessas impossíveis nas plantas dos seus pés nus...

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