domingo, 28 de novembro de 2010

MESTRES DO CAMINHO: AGIR E NÃO REAGIR / DANIEL LINS

“O mundo, segundo Nietzsche, é a expressão necessária do caos processual
constituído de encontros afetivos, salutares ou desagradáveis entre os
corpos. Como, então, ser livre diante da necessidade do caos? Como
encontrar no caos sua força positiva, sua potência de vida? A liberdade é
uma ação que nos leva a agir e não a reagir; a liberdade é uma prática
inserida à vida, como o pensamento. Trata-se, pois, para encontrar a
alegria e a liberdade mínimas, de avaliar os afetos dolorosos de maneira
afirmativa. Se a liberdade é uma criação social, o sofrimento é próprio do
homem. Aquilo que é susceptível de nos libertar, é a conquista dos
sofrimentos impostos ao homem como destino. O que é sofrer ? O que nos faz
sofrer é, sobremodo, o novo, o desconhecido. A linearidade do corpo
(verdades, crenças, valores dominantes) se vê, assim, atormentada pelos
sofrimentos.”
DANIEL LINS

















2 comentários:

Anônimo disse...

Acreditar no humano é se tornar religioso. Só o cético é livre. Só acredita que não pode acreditar nem em si próprio , pois a mente mente, e por isso ele não cria convicções. Sabe que a verdade é sentida pelo corpo, apenas. Assim, existe dois tipos de pessoa: a cética e a religiosa.....religiões e ideologias são a mesma coisa. São resultados da arrogância humana de querer reduzir uma complexidade de ações e reações humanas, que se construiu ao longo de milhões de anos a uma meia dúzia de regras, com a justificativa de que assim o mundo vai se transformar num paraíso. É um fato. Uma pretensão monstruosa, que transforma pessoas em monstros e monstros em pessoas. ......Nunca se matou tanto como as religiões e ideologias. Mais que todas as guerras. O século XX mostra fatos históricos incontestáveis quanto a isso. Foram mais de cem milhões de mortos pelo nacional socialismo ( Hitler)e pelo internacional socialismo do marxismo-leninismo ( Stalin, Pol Pot, Mao, Fidel, etc) e ditaduras militares (Pinochet, militares argentinos, etc e até aqui no Brasil).........Nietszche fez um dos trabalhos mais importantes, quanto ao Humano, demasiado Humano.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Para mim, o humanismo é uma potência que gera ternura e solidariedade...
Muitos identificam um humanismo potente e viril em Nietzsche...
O socialismo libertário - expressa meu coração monstruoso, Montruoso no sentido dado por Canguilhen...
O sonho de justiça e igualdade, o ideal de que existe uma violência na apropriação privada dos bens coletivos convivem com minha defesa radical do direito à diferença...
Assim, vivo e sonho... e luto e caminho. Na suavidade de quem não se julga nem pretende dono da verdade...
abraços jorge