JORGE BICHUETTI
Navego mares e rios,
o horizonte me fascina,
mergulhando na magia
de muda m'ia própira sina...
No sonho vou: fantasia!...
Cidades, portos e ranchos...
Andarilho, busco o ninho,
onde esconde a alegria
m'ias asas de passarinho...
VIDA ERRANTE
JORGE BICHUETTI
Existo, no dado
de um jogo de azar;
nele, nem os búzios
me podem salvar.
Sou a sorte lançada
na esquina
na contramão...
Sou a vida ceifada
na noite
pela paixão...
Existo no dado
de um jogo de azar,
dele, só Deus,
um dia, irá me livrar..
AVE, CHUVA!...
JORGE BICHUETTI
A chuva sussurra macia A terra molhada alicia
sugestões de serenidade os grãos da generosidade...
e, então, escutando, vejo E no porvir nascente, elejo
as flores da fecundidade... os frutos da felicidade.
DESEJO E MAGIA
JORGE BICHUETTI
Desejo o vento;
nele, o carinho...
Beijos, u'alento:
carícias e vinho...
Meu corpo arde:
sede de amor...
Finda-se a tarde,
há no ar u'a flor...
Amor: fé e magia...
U'a alma, loucura;
outra, alegria...
Nosso amor, assim,
do mal é cura,
u'ardor sem fim...
4 comentários:
Jorge! Agora aprendi um pouquinho mais a trabalhar com blogs (rsrs) Aprendo com seus poemas e me inspiro para produzir algo mais. Muitos temas vem de encontro com algumas buscas pessoais. Nessas publicações, debrucei-me sobre a chuva... Ou será que ela se debruçou sobre mim? Parabéns pelo talento e obrigada pela oportunidade que o blog oferece de conhecer e ir além. Abraços
E nossos encontros serão caa vez mais produtivoos... a gente começa tateando, você já iniciou com um vôoo...
Viver é uma aventura, que não se sustenta sem ternura e serenidade.
Não as temos, aprendemos... dialogando. Abraços jorge
águas-vivas iluminadas
considerava-me exímio nadador,
tenho dúvidas agora, não sei mais...
acho que brincava à beira do mar,
com a água na altura dos tornozelos.
imaginava dar mergulhos profundos,
estranho...
pisquei, e uma onda com sua língua de lua,
lançou-me à imensidão,
naufraguei.
náufrado de mim, vi águas-vivas iluminadas,
e de prazer morri.
lembrei-me que precisava respirar,
pisquei,
a água batia em meus tornozelos.
chorando,
corri rumo ao continente,
por não saber nadar.
com medo da língua de lua,
finquei meus pés na pedra,
e sonhei com águas-vivas iluminadas.
com medo de afogar-me em ti,
não pude mais na beira do mar,
brincar...
samara
o perambular nômade não exige experiência, só oudacia e coragem, desejo e sonho... assim, vamos nos atropelos da noite à espera da aurora.
bEIJOS JORGE
Postar um comentário