JORGE BICHUETTI
No livro Caosmose, Guattari compreende a paixão como uma situação caosmótica.
Assim, estaría ela vinculado a possibilidade do novo.
Traría em si, virtualmente, uma potência criativa e singularizante.
Freud, em Malestar de uma civilização, há compreendeu sempre repetitiva, um retorno a matriz fundante e à busca de vínculo simbiótico.Sempre triste, e infeliz, uma vez que nunca conseguiría suprir e suprimir a falta.
A vida vem rompendo o paradigma dos amores infelizes: Tristão e Isolda, Romeu e Julieta etc...
Canta Caetano: " mora na filosofia, pra que juntar amor e dor".
Buscamos com determinação um amor dionísico.
O amor livre se advoga uma via para alegria dionísica.
Contudo, o tempo o revelou muito solitário e pouco operativo, diante das necessidades do caminho: companhia e cumplicidade, partilha e ternura...Assim, este amor-potência precisa ser inventado...
Como? Por onde?Por uma nova suavidade - é proposta guattariana de um amor que sendo solidão compartilhada, conecta liberdade e singularidade, com partilha terna e solidária.
Temos que apagar nosso vício de não encontrar o outro, realmente outro, quase sempre, nele, depositamos nossas projeções.
E temos igualmente que desjar o onipotente, prazer total e totalizante.
Caminhemos, amando... e o amor produzirá nossa retirada da vida como dominação-submissão, e, então, estaremos mais pertos de um amor " com sabor de fruta mortida"
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