domingo, 27 de junho de 2010

POESIA: SOBRE OS ENIGMAS DO AMAR

AMAR
          JORGE BICHUETTI
Este arrepio no corpo...
Este coração na garganta...
Esta vertigem, este medo,
medo de nada e de tudo,
medo do riso e da lágrima,
medo do luar e do escuro,
um medo sem nome,
e uma coragem sem dono...
Esta febre no corpo...
Este frio na alma...
Esta voracidade, este sonho,
sonho desatinado,
sonho enluarado,
sonho de carne e flores,
um sonho - cantoria,
e um longo vazio, silencioso...
Não decifro este enigma
nas setenças matemáticas
dos trilhos da vida corrente...
Então, feito menino inocente,
me pergunto, assim assustado,
- será.?.. será?... será demente?...
descobrir na próprio pele
que o amor é vendaval
que arrasta e faz voar,
que existe, contudo, não pode
ser decifrado ou desnudado
pelo universo gramatical...

6 comentários:

Anônimo disse...

Sobre os enigmas de não poder usufruir o amor!

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Enigmas do entre o possível e impossível, do real e o virtual, do olhar e o beijo, da semente e o fruto...
abraços jorge

Anônimo disse...

Não existe o possível;
Não existe o olhar e o beijo;
Não existe o real;
Existe a imaginação interrompida fugindo do "se". Dói, pois não?
Já conheço esta estrada.
Beijinho De

Unknown disse...

Bingo! "não pode ser decifrado ou desnudado pelo universo gramatical..." Bingo! Bingo!
Bjo, Déia

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Um amor... o amor...
inominável, indecifrável...
sentido, sentidos...
pulsa, corta...
afeta, explode...
Vive-se e segue-se
entre o reencontro e o adeus. beijos jorge

Anônimo disse...

O encontro, um amor inesplicável.
Inesplicável porque o adeus foi pela morte.
Ela ronda e não se percebe.Choram-se juntos... mas por que?Não se dão
conta.O Natal, no calendário, pisca uma luz. Que felicidade! Ele já está chegando. Quanta euforia.
Foi na Dutra. O carro de uma pista voou e...ajudou levar meu amor alegre,generoso,carinhoso.....
Não era da terra.