sábado, 4 de junho de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: EVA REIS, A SUAVIDADE DAS TROVAS

                                                 TROVAS

Devido a este amargor
de uma ilusão perdida,
invejo  a sorte da flor
- murchar no esplendor da vida.
                  ***
Eu fiz, nos tempos de outrora,
lindas bolhas de sabão...
Hoje as faço - mas, agora, 
cada bolha é uma ilusão.
                  ***
Cá na roça é mês de maio
um poeta, seu doutô:
na ponta de cada gaio
faz poema de fulô...

                                  EVA REIS. In: CANTARES

Um comentário:

Concha Rousia disse...

Linda trova, sempre adorei travas cresci no campo onde as pessoas cantavam pelos caminhos enquanto andando de um campo para o outro, o meu fazia era bom fazendo trovas para o momento... a vida estava cheia de arte sem sequer a ter que chamar arte... Ahhhh sei que tenho nostalgia daquele mundo, sou indígena da Europa, indígena invisível...
Eu te vou enviar esta noite os poemas galegos de Lorca para que tu os edites no Utopia, eles estão um bocado adaptados na sua grafia,mas é só isso. Abraços com carinho e poesia, Concha