sábado, 11 de junho de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: QUANTO CANTA A TERNURA DO VENTO

                                                     RIO DESCALÇO

rasgadas  as sombras
tecidas em fios resistentes
pés fertilizando assoalho
salgada e cônscia
em profundeza
significar
vibração de concha
riso de vento

agradecer e me perdoar:
é a vida um plano de felicidade
primeiramente

de onde ressurjo
( para lá retorno? )
nosso círculo plasma-se
em delicado amor

prossigo sozinha
assim se nasce ou morre

sopro ou lume talvez birra
o tento
se de puro gosto
houver memória

               MARIA APARECIDA DOS REIS LISBOA

do livro: a poesia em uberaba: do modernismo à vanguarda / guido bilharinho

2 comentários:

Concha Rousia disse...

Um poema com a força da vida, amei, abraços de vida e carinho, Concha

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Concha, amei: publicarei outros dela: são preciosos. Vitalismo versado na candura rebelde sodo amor; abraços, jorge