Os filhos dos dias, de Eduardo Galeano
EMIR SADER
Todo lançamento de livro de Eduardo Galeano é um
acontecimento. Ainda mais no Brasil, que é um dos poucos países – eu
pelo menos não conheço outro – em que seus artigos não sejam publicados
regularmente pela imprensa – pela velha mídia. Galeano faz companhia a
autores como Chomsky e Michael Moore, que também são vítimas da censura
da mídia tradicional brasileira.
Assim que, quando a cada tantos anos, Galeano nos brinda com um dos seus livros, é um momento ainda mais especial no Brasil.
Saiu este mês a edição brasileira de "Os filhos dos dias", sempre pela L&PM e sempre com a tradução de Eric Nepomuceno, com colagens internas do próprio Galeano.
Desta vez é uma espécie de Almanaque ou de diário, com notas correspondentes a cada dia do ano, conforme acontecimentos ou outros ganchos que permitem Galeano falar sobre o mundo de cabeça pra baixo.
Os dias? Porque para os maias, na sua Genesis:
E os dias se puseram a andar.
E eles, os dias, nos fizeram.
E assim fomos nascidos nós,
os filhos dos dias,
os averiguadores,
os buscadores da vida.
Ou, como ele mesmo diz:
"Este livro tem o formato de um calendário.
A cada dia, nasce uma história.
Porque somos feitos de átomos, mas também
de histórias".
Galeano faz isso: busca a vida, ao longo dos dias de um ano. E nos fala, todos os dias, sobre o sentido das coisas, da vida, da trajetória dos povos, do sem sentido do mundo que vive para a riqueza e o poder e das esperanças da vida.
O estilo de Galeano é indefinível, nem é necessário defini-lo. A leitura das notas diárias nos chega como algo essencial, paradoxal, evidente, revelando como o que conta é a arte de combinar escrita e sentido, palavras e valores.
É o melhor livro de cabeceira possível. Dose de um nota por dia, de manhã ou à noite, sem conta indicações. Com risco grave para os clichês, os preconceitos, os dogmas, a insensibilidade social, o machismo, os racismos. Contem com o Galeano para amanhecer melhor cada dia ou dormir melhor consigo mesmos e com o mundo.
Assim que, quando a cada tantos anos, Galeano nos brinda com um dos seus livros, é um momento ainda mais especial no Brasil.
Saiu este mês a edição brasileira de "Os filhos dos dias", sempre pela L&PM e sempre com a tradução de Eric Nepomuceno, com colagens internas do próprio Galeano.
Desta vez é uma espécie de Almanaque ou de diário, com notas correspondentes a cada dia do ano, conforme acontecimentos ou outros ganchos que permitem Galeano falar sobre o mundo de cabeça pra baixo.
Os dias? Porque para os maias, na sua Genesis:
E os dias se puseram a andar.
E eles, os dias, nos fizeram.
E assim fomos nascidos nós,
os filhos dos dias,
os averiguadores,
os buscadores da vida.
Ou, como ele mesmo diz:
"Este livro tem o formato de um calendário.
A cada dia, nasce uma história.
Porque somos feitos de átomos, mas também
de histórias".
Galeano faz isso: busca a vida, ao longo dos dias de um ano. E nos fala, todos os dias, sobre o sentido das coisas, da vida, da trajetória dos povos, do sem sentido do mundo que vive para a riqueza e o poder e das esperanças da vida.
O estilo de Galeano é indefinível, nem é necessário defini-lo. A leitura das notas diárias nos chega como algo essencial, paradoxal, evidente, revelando como o que conta é a arte de combinar escrita e sentido, palavras e valores.
É o melhor livro de cabeceira possível. Dose de um nota por dia, de manhã ou à noite, sem conta indicações. Com risco grave para os clichês, os preconceitos, os dogmas, a insensibilidade social, o machismo, os racismos. Contem com o Galeano para amanhecer melhor cada dia ou dormir melhor consigo mesmos e com o mundo.
FONTE: CARTA MAIOR; O BLOG DO EMIR
07 DE SETEMBRO - GRITO DOS EXCLUÍDOS...
PRAÇA DA IGREJA SANTA RITA... CONCENTRAÇÃO: 8:00...
A VOZ DA VIDA CLAMA POR JUSTIÇA E LIBERDADE!!!
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