Jorge Bichuetti
Meu silêncio canta, chora,
tece caminhos... voa co'os sonhos da aurora...
Meu silêncio rumina os poetas,
sangra-se no calvário das romarias; e, paciente, espera,
a palavra sibilada pelos passarinhos na magia da vida
que segue colhendo flores entre pedras;
amando... mais e mais nos indigentes becos das velas
alumiando a esperança teimosa
que ressuscita, todos os dias, no orvalho das manhãs...
ESTA ESCURIDÃO...
Jorge Bichuetti
Esta escuridão que cega os olhos dos pequeninos
que não puderam ainda aprender a incendiar os próprios corações,
me aterroriza... pois, ela é, nas conversas do infinito, u'a prece
que, em tempos de covardia e soberba, ilusões e sangrias.
pede que sejamos no caminho u'a vela,
u'a vela que nos conduzam à poesia do horizonte azul;
u'a vela que multiplique centelhas... faíscantes vagalumes do alvorecer...
... Oh! a vida nos espera... raio da manhã
na ousadia de recomeçar um tempo sem trevas,
uma vida longe dos fantasmas da escuridão...
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