Concha Rousia
Já não espero carta tua
Já me afoguei noutras palavras
a palavra pedra
a palavra água
recortando um horizonte sem saída
sem barca e nem capitão
e sem tu te importares...
Já não espero carta tua
Já vi tua morada de número arrancado
Já vi meu carteiro devorado pela rua
Já se perdeu com minhas cartas
comidas antes de tocarem seu destino
Já não espero carta tua
perdi o endereço de teu coração errante
e as minhas mãos já se negaram
três vezes hoje às palavras
agora plantam plantinhas no quintal
escutam a Melra como se mãos ouvissem
e voam, ahhhh como minhas mãos voam
quando da nossa alma se escondem...
Já não espero carta tua
Já não te escrevo
Já perdi a caneta noutras batalhas
igualmente irreparáveis...
Já minha liberdade me prende noutros nadas
Já não espero carta tua
Já não espero
recortando um horizonte sem saída
sem barca e nem capitão
e sem tu te importares...
Já não espero carta tua
Já vi tua morada de número arrancado
Já vi meu carteiro devorado pela rua
Já se perdeu com minhas cartas
comidas antes de tocarem seu destino
Já não espero carta tua
perdi o endereço de teu coração errante
e as minhas mãos já se negaram
três vezes hoje às palavras
agora plantam plantinhas no quintal
escutam a Melra como se mãos ouvissem
e voam, ahhhh como minhas mãos voam
quando da nossa alma se escondem...
Já não espero carta tua
Já não te escrevo
Já perdi a caneta noutras batalhas
igualmente irreparáveis...
Já minha liberdade me prende noutros nadas
Já não espero carta tua
Já não espero
FONTE: WWW.REPUBLICADAROUSIA.BLOGSPOT.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário