A madrugada silenciosa se mostra, hoje, serena e quieta... A roseira perfuma; o limoeiro entralaçado nos romãs e nos pés de beijo estão se dormissem num acampamento, solícitos entre si; porém, mergulhados no sono....
Os álamos reberam minha saudaçãoe numexistir zen sileciaram. Este silêncio deve ser contagiante: pela primeira vez, a Luínha olha, para mim, procurando o Quero-quero que ela afugentou com sua fúria... Menina dócil com meus amigos humanos, mas, às vezes, ciumenta e possessiva com relação aos outros bilhos. Senti a dor do olhar de culpa...
A cariciei e lhe falei do amor universal da nossa Mãe Gaia; nossa generosa Terra: que ama, cuida, e compreende seus filhos...
Adormeceu, novamente, cheia de auto-perdão... sonhará sonhos belos.
Vim, escrever; no coração ressooou vibrante e encantado o poeta Tagore:
- "Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas."
- "Morrer é o apagar da lâmpada ao nascer do dia e não o apagar do sol."
As vozes do povo árabe se materializou:
- "A árvore quando está sendo cortada observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira."
Ouvi Saad:
- Sê como o sândalo, que perfuma o machado que o fere.
Entre tantos pensamentos vivos na minha alma, amanhã, falarei com Luínha dos modos de ve e vivenciar a caminhada...
Viver é caminhar, estradear...
No caminho, crescemos, superamos nossos próprios limites e legamos à vida o que realizamos de nobre e sublime; porém, somos pequeninos face a beleza e grandeza da Mãe Terra e do Universo. Esta consciência nos orvalha de vida e nos forja humildes e simples...
Já o moralismo impõe o registro da culpa e do ressentimento; nega a alquimia do perdão.
A culpa e o resentimento hipertrofia o egoe o escraviza às rentrncias íntimas do narcisismoe da onipotência...
Nega nossa humanidade... O existir humano como um transitar entre o animal e além do homem e um passar e sumcumbir - lições de Nietzsche.
O perdão é libertador... Nos libera para prosseguir caminhante, peregrino, andarilho - homem da estrada... O ressentimento é ferida narcísisca que cristaliza, mumifica e neutotiza o nosso funcionamento psíquico; passamos a viver assombrados pelo erro humano do outro que ficou no passado que nós na mágoa e no ódio presentificamos e, assim, não saímos do lugar... Não enxergamos o horizonte que nos chama para novos passos.
A culpa eterniza o erro sob o cruel paradigma da onipotência... é vida doída pela negação da nossa humanidade; da nossa caminhada de aprendizes - com erros, equívocos e quedas... Levantar e seguir, recomeçando é a compreensão da dinâmica da vida que sem perdoa, se renova e segue adiante... Para seguir é preciso exercer o auto-perdão...
A alquimia do perdão é a liberdade de viver e deixar viver... Força e potência desde que não os transformemos em desculpismos para não realizar o esforço de mudança interiror, de crescimento, de expansão existencial... Ou de fugir da condição de guerreiros da vida e da liberdade.
Culpa e ressentimento é a introjeção dos arbítrios e do sado masoquismo da tirania...
2 comentários:
O perdão e essencial para viver,sem perdão já és um morto vivo!
não e algo fácil mais se faz necessário para sobreviver...mesmo estancando o sangue e ferindo alma ele se faz curandeiro.imagine se deus não nos perdoassem?
Rosi, o perdão nos leva para o espaço da compreensão. Abraços com carinho, jorge
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