quarta-feira, 1 de junho de 2011

SOCIEDADE DE AMIGOS: POÉTICA INCERTA DOS VÁCUOS DA ETERNIDADE

                                       TRAVOR

Sentindo-a sempre junto e ausente.
Jamais completar o enlevo de seus braços.
E nem das fontes invioláveis de seus olhos,
sofrer o travo mais fundo.

Ter o pórtico e a perspectiva do mundo,
o perfil de seus erros,
os descaminhos do sonho.
Nunca porém de seus ermos medonhos,
O desamor de seu saibro mais fundo.

Caminhar como se não caminhara,
a resolver no desolado lanço dos passos
a incerteza derradeira que nem sonhara.

                 CONCEITO

O homem se vê pelo homem,
efígie presa à própria medalha.

                                   MOACIR LATERZA


do livro: poesia em uberaba: do modernismo à vanguarda / guido bilharinho

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