JORGE BICHUETTI
Deleuze denuncia a crise da sociedade disciplinar e o funcionamento emrgente de um nova organização social: a sociedade mundial de controle.
A sociedade disciplinar se caracteriza por um estriamento rígido, compostos por instituições como a escola, a família, o asilo, o hospital, a prisão, a fábrica que geram controle/produção de subjetividade numa diânmica marcado pela relação fora/dentro e os seus muros. É a toupeira e seus túneis ordenando a vida, o modo de existir.
Com a sua crise, os muros estão desmoranando...
Hoje, o controle se dá por uma flexível e modulável, onipresente, inclusive já não trabalhando com o fora(cai-se os muros), e não se conserva nem mesmo a separação rígida privado/público, ele permeis tudo como uma serpente cujas ondulações a torna sempre presente.
Vivemos num império: já não são barreiras as fronteiras. Mundo globalizado com conexões imediatas e onde todos acessam a tudo e são, facilmente, acessados por todos.
E esta sociedade mundial de controle já se concentra as produções de subjetividade num conflito central, modela pela corrupção que é, de fato, uma rede flexível de microconflitualidades.
Nega o racismo biológico que cria um outro, um racismo que se impõe através da inclusão diferencial: todos podemos, mas não podemos iguais.
E a acumilação capitalista chega enfim no seu nível máximo onde o processo de acumulação e movimentação da mais-valia e das mercadorias se dá pelo processo de subsunsão real.
Que mundo é este?
O nosso mundo: o mundo das câmaras de vigilância permanente, do celular( onde sempre somos encontrados - se atendemos, fomos encontrados; se não atendemos, fomos encontrados igualmente), da internet, da mídia , dos condomínios, da disciplina se dando a todo momento e em todo espaço...
O nosso mundo: vidas produzidas pelas ondulações da serpente que constitue modos de existir , sem muros, já que ela está em todo lugar...
O nosso mundo: fim da privacidade, das culturas singulares ou capturas das mesmas, globalização do poder e interiorização deste poder nas próprias linhas das nossas vidas.
O nosso mundo: com uma inclusão social onde todos pode acessar o socius e seus bens, porém, diferencialmente, gerando, uma fragmentação e uma maior solidão.
O nosso mundo: onde pensamos que agora o mundo é nosso, quando na realidade somos do mumdo que sobre nós exerce um controle onipresente e sedutor.... É a serpente, é paraíso... e as maçãs estão podres.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
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