O amor homofóbico esteve sempre à margem... E isto o permitiu desenvolver processos criativos de resistência, com produção de linhas de fuga e de uma ética e estética singulares, gerando n devires e uma micropolítica revolucionária.
Entretanto, não logrou livrar-se de capturas e repete, com frequência, o modelo falocêntrico e edípico de desejar e amar.
Marginalizado e discrimidado, oprimido, se viu muitas vezes vulnerável às capturas da heterossexualidade dominante.
O modo de amar dominante é edípico e falocêntrico, simbíotico, com anulação das singularidades e afirmação mútua num processo de espelho.
Um amor genital, bruto e possessivo, ciumento e excludente, com poderes de hierarquia e subsequente rejeições.
O amor da falta... O lamento da castração... Porisso, incestuoso, proíbido , e, consequentemente, mal vivido.
Já a marginalidade do amor homoerótico, clandestino, o liberou para a exploração dos prazeres, banlizando o encontro.
Esta é uma conclusão de Foucault: que disse que o apogeu do amor hetrossexual se dá no subir a escada( sedução); enquanto, o amor homoerótico reativo aos limites e limitações impostas gerou um esgotamento das experimentações de prazer, tendo seu ápice no adeus( no pagar o taxi).
Vemos, ambos, vitimados pela infelicidade inerente ao desejo e ao amor precodificado, alijado da potência do desejo como fabricação no entre dos encontros.
É, assim, que adordamos para todos os modos de amar e desejar a necessidade do que Guattari nomeou como solidão compartilhada.
A alegria e a ternura do encontro com a liberdade de se vivenciar as próprias singularidades que enriquecerão o reencontro
.É o amor ternura, partilha, cumplicidade... Com-paixão, comprensão e crescimento partilhado.
Onde não se reterritorializa-se apenas na exaustão do orgasmo, mas se reinventa territórios de convivência, criatividade, conviviabilidade e maquinações rizomáticas de uma vida que se dá no devir solidariedade.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
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