domingo, 2 de maio de 2010

O QUE ESTAMOS FAZENDO DE NÓS?

                                                                  SABER VIVER

                                                                                Jorge Bichuetti

Uma nova semana e escuto no rádio a velha canção: “é preciso saber viver...”
Aprendemos na escola n saberes. Matemática, português... geografia, história, biologia, etc... Mas nos vemos na vida desarmados. Não nos ensinam a arte de viver.
Quase sempre, temos que repetir: - Ah! Se começasse de novo, tudo seria diferente...
A escola informa, educa. A família, também. Todavia, somente descobrimos os mistérios da existência nas travessuras do caminho.
A experiência ensina. Contudo, não aprendemos ainda a ler, valorizar as lições do vivido, do experimentado.
Copiamos livros. E achamos a vida uma analfabeta.
... E analfabetos da existência, esperamos “que a vida seja feita de ilusão”.
Cultuamos ilusões. Somos prisioneiros de muitas ilusões:
- Cremos na infinitude dos processos;
- Depositamos no destino a autoria do futuro;
- Desvalorizamos os sonhos, as utopias;
- Depreciamos a qualidade dos nossos desejos;
- Esquecemos as alegrias singelas;
- Isolamo-nos numa prisão de egoísmo e desamor;
- Separamos Céu e Terra; e, ainda, distanciamos o Céu dos caminhos humanos, deixando-o restrito aos santos e ao pós-vida.
A vida é uma epopéia onde podemos construir. “É preciso ter coragem, prá mais tarde não sofrer.” “É preciso saber viver”...
Ousadia. Eis uma das lições da vida. Ousar, eis uma imposição da vida para os que almejam construir... construir uma caminho de paz.
A paz nasce da coragem. Não a encontramos porque a procuramos na quietude acomodada dos que se acovardam.
Quem navega, ainda que superando tempestades, encontra um porto seguro.
Talvez, conseguíssemos mais da vida, se escutássemos no dia-a-dia os versos de uma outra velha canção e dela extraíssemos um refrão para o enfrentamento dos momentos difíceis: “quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz...”
Passa-se o tempo. O relógio corre...
E os minutos tornam-se vida consumida.
Será que esperaremos a morte para inventariar o que construímos e o que destruímos no caminho?









 
 
 
 
 
 
 
 

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