RUMORES DO VENTO
Jorge Bichuetti
Sibilante e ruidoso,
o vendaval escrevia no tempo
o medo do
fim... da agonia devastadora e
da morte
chegando inclemente,
como se ecoasse
no trovão o
veredito mortífero
do juízo final...
Raios e trovões
na tempestade
ecoam nas fissuras
do mundo o
peso de se viver,
sem as flores
da vida cultivada
na ternura dos
que semeeiam, no hoje,
um novo dia...
Já o vento
suave e terno
das manhãs,
eivado de orvalho,
sussurra versos e
cantigas
que anunciam
no frescor da pele,
que a vida brota novamente...
e recomeça
na esperança
de que o amor e a compaixão,
floresçam no campo da solidariedade o
nascer de um novo tempo...
o tempo da
vida conjugada na verdejante paz
de ser vida de alegria
dada aos que vão pelo caminho,
como vida no amor multiplicada...
VOO NO TEMPO
Jorge Bichuetti
Amor no vento,
outono de ternura...
as folhas secas bailam
e riscam no tempo
os versos da paixão vivida...
Bailam, suavemente,
pois, a música não para
na aridez das árvores nuas...
O vento carrega o
amor, que voa nas folhas secas..
retornando viril e vicejante
nas florescências da ternura
dos novos amores que virão
com a primavera nos corpos
que amando, se dão
alvorecendo na vida
o fio do destino
tecido na ternura que é vida
que, além das cinzas,
o amor eterniza...
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
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