domingo, 3 de outubro de 2010

DIÁRIO DE BORDO: ESQUIDIÁRIO

                                                                                   JORGE BICHUETTI

Vivemos num tempo de indefinições. Tempo de se autentificar com um projeto e experimentar as onstruções do caminho.
Antes, tiínhamos caminhos dados, corretos e verdadeiros nos a proris da verdades soberanas.
Somos, agora, livres. Podemos experimentar, escolher, mesclar, compor, criar...
Não há mais uma autoridade que nos guia de fora, dizendo-nos certezas inquestionáveis.
Escuto, medito, leio, reflito... e vivo minhas experimentações.
Com uma prudência de evitar as antiproduções: o buraco negro, que nos enovela num cipoal de repetições, esvaziando a vida de sentido e tornando-se umvampiro que só ele tem sentido e ele nos rouba todas as forças.
Viver é experimentar... E se produdutivas , elas se fazem territórios do devir.
Penso, aquino entre dos nossos e me sinto feliz.
                                                           ***
Embora,hoje, uma preocupação ronda os meus pensamentos.
E preocupado, eu canto: Marina , morena, bonita... Teu verde é belo Marina; eu creio na sustentabilidade, na conexão economia-ecologia, nas novas práticas políticas...
Não deixei de vibrar com o seu sucesso, merecido e louvável. O povo das florestas cantou em festa...
Só uma preocupação me perturba o sono: Alia, menina, com quem pode e sonho com o bverde que te fascina...
Não pinta este rosto que é das matas e não se seduza pelas sereias que cantam no neoliberalismo tucano que almeja o entreguismo, a devastação, o poluído da política que você conheceu e combateu, como valente guerreira.
Sem culpas ou ressentimentos: a hora é de união,na utopia de uma plataforma de idéias e ideais, que comporá o verde-vermelho e vermelho verde, num convite a um projeto de vida onde caibam todas as cores.
                                                       ****
Na rua, um homem dorme semi-nú esperando um prato de pão...
Na esquina, uma criança, chora , paranóica, sob efeito dos delírios infernais do crack...
Um velho debaixo da ponte, uma mulher limpando os hematomas das agressões sofridas...
Uma árvore caindo sob a inclemência de um machado assasssino...
São tantas dores... Unamo-nos e construamos juntos um novo Brasil.
                                                       ****
É tarde. O sono não vem... cante, e eu , feito menino, adormecerei, sonhando...
Tenho certeza, adormecerei com a convicção de que não impedirão o sol de nascer; sem cortarão as rosas da primavera.

 







4 comentários:

Samara Dairel Ribeiro disse...

Encanteria

Vou queimar a lamparina
Quando o rei me der sinal
Eu sou da casa de mina
Ele é da casa real

Eu descí da lua cheia
Pelo raio que alumia
Eu cheguei na sua aldeia
Pra fazer encanteria

Eu vim ver minha maninha
Dona do fundo do mar
Ela canta de noitinha
De manhã torna a cantar

Moço apague essa candeia
Deixa tudo aqui no breu
Quero nada que clareia
Quem clareia aqui sou eu

Vim depressa como o vento
Mas não sei porque é que eu vim
Foi num canto de lamento
Que alguém chamou por mim

Acho que cheguei mais cedo
Antes de quem me chamou
Mas se me chamou com medo
Vou-me embora agora, eu vou

De qualquer maneira eu deixo
Nessa casa a minha luz
Abro o ponto e o ponto fecho
Deixo o resto com Jesus

Bethânia

Dorme em paz, ela não nos negará...
bj, samara.

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Amiga, Samara, suas canções são dispositivos de viver, com coragem e ousadia.... Hinos de amor à vida e um exemplo do que pode na vida de alguém a incorporação da arte, como arma para driblar as desventuras. abraços e beijos no coração jorge

José Caui disse...

Como é bom beber nesta fonte que me revigora a alma, nesses dias nebulosos. Suas palavras me impulsionam, aponta com suavidade novas rotas de fuga. Conseguimos que Adelmo chegasse lá. Obrigado

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Caui, amigo e companheiro de sonhos e lutas, juntos vamos... e vamos inventando novas potências para que um dia sejamos a NOVA TERRA e o POVO POR_VIR... Você é um guerreiro que eu admiro e o tenho na ternura dos meus encantamentos. Abraços. Adelmo, chegou... Valeu a luta!
jorge