JORGE BICHUETTI
Não é fácil inventariar o tesouro esquizoanalítico que me é caro, na vida e na arte de potencializar o cuidado, as lutas transformadoras e a "o fazer viver".
Estou perante um tesouro que todo ele me é profundamente valioso.
No entanto, co fins de um diálogo didático, inumero aqui alguns elementos que me geram umintensa potência na vida e no trabalho.
1. O abandono do ideal de ser a má consciência dos outros e do mundo.Legado libertador e gerador de compreensão e misericórdia. Afirmou Deleuze: não quero ser ... Gastamos um tempo e ferimos e maltratamos a vida e os outros , acritando que somos juizes, a sentença , o crivo que valida ou excomunga o jeito de ser e pensar do outro.
2. Militar é agir. Herença guattariana. Gastamos muito tempo com palavras, críticas, progrmas... Intervir, militantemente é agir... Realizar em atos nossa posição política e evitá-la como apenas um adereço do cenário dos discursos.
3. Trocar os és por es... Multiplicidade-Rizoma-Redes: somos cheios de verdades, definitivas e gerais, que quase sempre para nada servem...O é constitue a miséria da ciência, da filosofia, da política e da própria vida. Se nos abdicamos da soberba e começamos a construir com es, enriquecemos nossos pensamentos e o nosso modo de existir, sentir e viver. A árvore totaliza, mas é frágil, um machado a derruba; o rizoma que se multiplica e se enriquece sem um núcleo soberano ordenador, é potente, intenso, diverso e resistente, é "a grama que medra entre as pedras do caminho". O uno e a identidade são reducionismo e modos restritivos de conceber a vida, o vier e o pensamensamento, a multiplicidade dá vida aos diversos universos e potências que existem em cada um de nós , nos pensamentos e na própria existência. A rede é a rizomatização das forças siais e psíquicas onde os es concectam, forjando modos de existir de inclusão da diversidade e de funcionamento amplificadores, enão restritivos e de auto-esgotamento.
4. Entre- transversalidade-singularização.Somos pródigos em crer e defender a autoria de tudo, no entanto, as coisas se dão e acontecem nos entres; se há entre, há espaço de produção e de invenção, de encontro e de germinação. é o efeito da transversalidade que é um estar nem tão longe que inviabilize as conexões, nem tão simbiótico que subtrae a voz, a expressão,, a opinião e e a emergência de processos de singularização.
Com identificações e projeções, não há entre, não há transversalidade, e por conseguinte, não, democracia, autogestão e autoanálise, nem processos singularizantes.
5. Produção desejante. O desejo antes era meramente fantasmagórico, objetal, reducionista, familialista e ediípico. A concepção da produção desejante que invenção de um conjunto e que não se reduz a uma matriz passada, não é objetal, nem teatral: é desejo que flui produzindo vida e produção de vida que se realiza consumando os desejos. Saimos da competição, da possessividade e da triangulação, do terceiro excluido para um desjo que é afirmação de vida e de vida produtiva de novos inusitados.
6.Tudo é devir, pois a própria natureza da realidade é o devir, e não a repetição; a repetição é só um mecanismo de controle e servidão. Ar puro, céu aberto: não somos uma identidade definitiva fadada às repetições, podemos devir e devir constantemente, reinventando-nos e reinventando a vida e o mundo.
Somos diferentes e a diferença enriquece a existência e potencializa as possibidades doas conexões heterogêneas gerarem para além do hoje e do atual, novos mundos enovos homens, atualiazandoa realteridade, os possíveis que se ocultam e se revelam nas virtualidades das utopias ativas.
7. Já não somos compulsoriamente levados a realizar a arqueologia dos complexos, bloqueios, nós e limitações, é possível, um possível fértil e potente, agir, intensificando o que funciona.
8. Para além do bem e do mal, maniqueísta, existe uma ética de afirmação da vida: a ética dos bons encontros que nos constituem corpos potentes e esta é regida pelas paixões alegres.
9.O desejo, a produção de novidades, a diferença eos acontecimentos são evitados, negados, estrangulados por mecanismos normativos de registros e controles, porém, podemos produzir linhas de fuga, que driblando o instituído, permittem a criação do novo, naquilo que Bauleo denominou de contrainstituição, o instucionalismo, de ilhotas de alteridade e João Machado, de implantes socialistas. tudo passa por caçar e priduzir linhas de fugaa que outra coisa não é que linhas de vida, de singularidade e multiplidade, de diferença e devires.
10.O capitalismo, o status quo não nos deixaria livres para tanta liberdade, assim, vivemos em mundo cheio de estriamentos que subjetivam práticos-inertes, submissos, robôs repetitivos. Para romper e vier a plenitude da vida, do desejo e do devir devemos alisar os espaços ( romper bareiras, subdivisões, hierarquias, autoriatarismos e burocracias) e mais, destroçar o próprio ego que é segmentariedade mais dura que nos faz e nos reproduz a mesmisse infeliz e cinzenta.
Que usemos este precioso legado, nosso tesouro, para que a vida seja vida nova, um vôo da liberdade no céu da criatividade, onde subjetividades livres ousemos... bifurcar os caminhos , criando novos horizontes numa alvorada que nunca se negue ante as nuvens da opressão.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
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