domingo, 2 de maio de 2010

POESIAS: POR AMOR À VIDA E À LIBERDADE

O fim do mundo
           JORGE BICHUETTI



Uma árvore seca
caída
no meio da estrada...
Um ninho vazio
perdido
num lamaçal...
E uma ave ferida
piando
de asas partidas...
São preces da natureza
que, no pranto de um minuto,
põe em dúvida
a eternidade.



Menino de rua
         jorge bichuetti



Um menino na calçada
chorando de fome e frio
recorda, muita tristeza:
uma noite de Belém...
o Cristo na manjedoura;
um Deus sem ninguém...


 
O pão nosso
     jorge bichuetti



Um dia,
Ele se fez Homem...
Homem-Deus, obra-criação...

Hoje, vendo a fome...
Crianças famintas,
velhos desnutridos...
Panelas enferrujadas,
pratos vazios...

Ele, agora, elabora,
um projeto
exposto às leis do infinito...
Deseja à Terra voltar...
Desta vez,
num devir pão...


 



 
 
 
 

3 comentários:

Marta Rezende disse...

Adorei esse blog. Estou lhe seguindo, mas não perseguindo. Nasci em Tupaciguara, morei em Uberlândia por muito tempo e há mais de 30 anos moro em São Paulo. Tô feliz de ter encontrado essa máquina de guerra pela vida. Que vivam os guerreiros, os nômades libertários!

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Marta, necessitamos sonhar e lutar... Um outro mundo é possível: uma nova Terra e um povo por-vir... Viver, resistindo; caminhar, construindo, talvez, seja a tradução de Guattari que dizia que militar é agir...
Que nossas ações sejam alvoradas! lutemos, entre os pássaros que cantam e a vida que persiste vida desejando-se humanizada na ternura do encanto. abraços jorge

Marta Rezende disse...

Obrigada pelas boas palavras. O seu blog e você estão sendo bons encontro pra mim. Voltarei. Aos poucos vou lendo você. Como escreve esse homem, como baila a sua pena!
beijo
Marta