O fim do mundo
JORGE BICHUETTI
Uma árvore seca
caída
no meio da estrada...
Um ninho vazio
perdido
num lamaçal...
E uma ave ferida
piando
de asas partidas...
São preces da natureza
que, no pranto de um minuto,
põe em dúvida
a eternidade.
Menino de rua
jorge bichuetti
Um menino na calçada
chorando de fome e frio
recorda, muita tristeza:
uma noite de Belém...
o Cristo na manjedoura;
um Deus sem ninguém...
O pão nosso
jorge bichuetti
Um dia,
Ele se fez Homem...
Homem-Deus, obra-criação...
Hoje, vendo a fome...
Crianças famintas,
velhos desnutridos...
Panelas enferrujadas,
pratos vazios...
Ele, agora, elabora,
um projeto
exposto às leis do infinito...
Deseja à Terra voltar...
Desta vez,
num devir pão...
3 comentários:
Adorei esse blog. Estou lhe seguindo, mas não perseguindo. Nasci em Tupaciguara, morei em Uberlândia por muito tempo e há mais de 30 anos moro em São Paulo. Tô feliz de ter encontrado essa máquina de guerra pela vida. Que vivam os guerreiros, os nômades libertários!
Marta, necessitamos sonhar e lutar... Um outro mundo é possível: uma nova Terra e um povo por-vir... Viver, resistindo; caminhar, construindo, talvez, seja a tradução de Guattari que dizia que militar é agir...
Que nossas ações sejam alvoradas! lutemos, entre os pássaros que cantam e a vida que persiste vida desejando-se humanizada na ternura do encanto. abraços jorge
Obrigada pelas boas palavras. O seu blog e você estão sendo bons encontro pra mim. Voltarei. Aos poucos vou lendo você. Como escreve esse homem, como baila a sua pena!
beijo
Marta
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