Chove... antes o corpo com suas mazelas só me permitiu meu momento de conexão com a imensidão, instantes de reflexão e silêncio, contemplação e escuta... uma escuta das vozes da vida que canta na poesia da natureza que verdeja esperança, poetiza o azul da paz e no entre o luar e a aurora nos convocam para viver a harmonia e a diversidade, os voos metamorfoseantes e a emergência dos sonhos.
Agora, no meio da tarde... o corpo vencido pelo desejo de encontro, me trouxe e me colocou no redemoinho das palavras...
Escrevo e busco-os... e olhando a vida, com o cheiro da terra misturado com o café quente...
Entre a palavra e o silêncio, há caminhos e sonhos... Caminhos e sonhos que são germinados e minam... brotam, cavam clareiras... enluaram-se e ativam paixões...
Viver é criar, buscar, tecer encontros... e encontros que nos alimentam com a sedução do horizonte azul com seus clamores de novos passos...
Peregrinos, andarilhos... temos sede de caminhos e sonhos.
Mais do que nos encantar com a beleza da aurora precisamos aprender a alvorecer na magia das manhãs.
Precisamos ter sede de renascer, de despertar, em nós, a novidade que ali encontra-se incubada, esperando a nossa audácia e ousadia de devir-se inovação criativa, um novo caminho e sonho corporificado numa vida dada as foradas do porvir.
Já não chove... O café deixou um gostinho de aconchego, a Luinha toda carinhosa me observa... Creio que talvez gostaria de algo acrescentar... Ela é u'a adepta da capacidade da ternura, conjugada coma solidariedade, construir uma ponte entre a lágrima do ontem e os risos e cantos que iluminarão o amanhã que que chegará da luta por uma nvova suavidade... Lhe encanta quando alguém lhe fala de um novo mundo de amor e paz, justiça e inclusão social...
Não sei se aprendeu com os versos do vento ou se, um dia, se emocionou com as dores que contam as prosas do tempo...
Juntos, sonhamos... e lutamos: POR UMA NOVO MUNDO, POR UM POVO POR-VIR...
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