Jorge Bichuetti
Já desesti de tantos desejos;
hoje, eu só queria poder
correr pelos campos com a alegria
de um menino caçando borboletas.
como se estivesse descobrindo o
próprio paraíso, a magia beleza
nas asas coloridas dos voos da liberdade...
Eu só queria que mundo parasse
e encantado visse o mistério do infinito
na suavidade estética de uma bolha de sabão...
Ah! como eu queria!... o mel e o céu
que vagueiam entre a mente e o coração
na doçura sensual e pura dos primeiros beijos de paixão...
Ah!... como é terna a infância;
ah!... como é triste a infâmia
dos que vão perdendo a magia e a suavidade
de enfeitiçados pela ternura de uma rosa,
não saberem se ali nela é a vida
num canto de louvor,
ou se é o próprio Deus
encarnado nos clamores do amor...
eu
Jorge Bichuetti
Não sou sábio, nem santo;
sou no humano a pequenez dos pardais...
Não conheço filosofia, nem as
novas teorias que desenham o universo
numa sentença matemática...
Silencioso, nem mesmo sei orações,
cantos e poesias... que me dessem
voos para além da vida humana...
quem eu sou?... sou o olhar de menino
que vendo o céu estrelado, encanta-se
e adormece, esperando a sabedoria e a beleza
que pulsam e brilham nas dobras de um sonho...
há um mundin
feito de ouro e palha, e há
estrelas e o luar...
Jorge Bichuetti
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