quinta-feira, 21 de outubro de 2010

INDIVIDUALISMO NARCÍSICO VERSUS VIDA GRUPAL

                                                                                             JORGE BICHUETTI

Somos grupais... Sres sociais nos agrupamos e no grupo plenificamos nossa capacidadde humana: Somos , por natureza e história, ser de relações...
Todavia, o grupo é um fantasma para o homem. Amedronta, inibe, trava....
No grupo, se o vivemos como potência de ação e como espaço de de partilha, comunhão e união, somos, mais , porém, eles podem exigir no seu funcionamento desafios perigosos e terroríficos,
Todo grupo se desenvolve como um caminho que vai do narcisismo ao social(ismo).
Então, nossa ferida narcísica arrigemento modos de estar no grupo, evitando suas afetações de sociabilidade solidárias e libertárias, comomodo de perpetuação do individualismo.
Depois, um grupo diante deste novo modo, ppode igualmente se defender, fechando em si mesmo e uniformizando seu membros, o que gera um bloqueio da nossa singularidade.
Se nada ou pouco podemos sozinhos, u grupo ganha poder de mudar e amudança ressuscita medos básicos, pois vivemos num mundo condicionado para as repetições mediocres.
Um grupo, um caminho.... Nele, sentimo-nos menos solitários, contudo, viver uma grupalidade possui , igualmente, seus percalços.

                                                SARTRE E GRUPALIDADE

Para Sartre, o problema era da desagregação e ausência de vida produtiva grupal, já via as classes e não entendia como os homens não se uniam na defesa de suas causas.
Criou uma teoria: alienados funcionamos com SÈRIE... uma série - uma fila de ônibus... Todos ali, com os mesmoos objetivos, finalidade e problemas, mas funcionando como se um não fosse nada do outro, tão-somente estavam numa mesma fila, seriados, um atrás do outro sem conexeções.
Já um grupo se percebia com meetas, necessidades comuns e , num processo, elaborava um projeto... O projeto do grupo: sua demanda, suas reinvindicações, seus interesses, suas lutas, seus sonhos...

                                         PICHÓN-RIVIERE E OS GRUPOS

Pichón, argentino, dedicou-se aos trabalhos com o grupo. E para ele, a problemáticas do grupos se passava pelo aprendizado e pela comunicação.
O grupo não assumia expontaneamente, nem elaborava o seu projeto, funciona nas pré-tarefas e tarefas, num processo guiado pelo medo a mudança.
Medos básicos: depressivo - toda mudança é a saída de um lugar conhecido, assim, se perde este cômodo lugar ainda que frustrante e desagradavel, é um lugar já incorporado nas vivências coo um lugar seguro; e o paranóico - se mudo, conquistando um novo lugar, atiçarei a inveja dos outros e serei atacado.
Para fugir dos medos e do projeto, para ele os grupos criava vários graus de defesa:
- graus de pertença - nem todos sentiam o grupo como algo que lhe pertencia...
- distribuição cristalizadas de pápeis: o lider, o porta-voz, o bode expiatório, o bobo etc...
- vínculos inflexíveis e pauta-de conduta restrita e repetiva( repertório)
- e se guiava por um ECRO ( esquema de conceitos referentes de uma ação)...
Ao se desmobilizar estas defesas e liberar uma nova comunicabilidade, com a construção de novos vínculos, novo repertório de conduta e um novo ECRO, o gruppo passava a assumir e viver um projeto e através deste projeto conquistava a sua mudança, um novo lugar no mundo, a sua libertação.

                                         GRUPO SUJEITO E ASSUJEITADO

Um grupo assujeitado assemelha-se a uma seita. É fechado, tem dificuldade de perder membros(traidor) e de ganhar novos(perigo, o estranho); crê na sua infinitude, se pensa eterna e com missão que nunca perderá sua função.Tem hierarquias rígidas, regras invioláveis.Uniforme euniformizado
Por sua vez, o grupo sujeito é livre e libertário, aberto , não sofre com a perda de membros e acolhe com alegria novos menbros.É transversal - todos possuem espaço de livre opinião e expressão, não é arredio a idéias novas,compõe respeitando a singularidade de seus componentes, e se sabe finito( ou seja, que fará sentido por um tempo e passará). Um espaço liso...

                                           ALGUMAS PALAVRAS

Este texto é singelo, de valor didádico para o nosso devir macunaíma, e pega por ausências imperdoáveis( bion e as defesas básicas e Foucault e a noção de dispositivo.) É assim, um facilitador...
Que talvez pudesse ser substituido , facilmente por Chico Buarque:
"TODOS JUNTOS SOMOS FORTES,
SOMOS ARCO, SOMOS FLECHA...
TODOS NÓS NO MESMO BARCO
NÃO HÁ NADA A TEMER..."

7 comentários:

Marta Rezende disse...

Jorge querido. Cheguei. Um bocado cansada, mas tenho que cumprir um compromisso na escola (senão teria ficado mais uns dias por lá, pois sempre que posso adio as viagens: tenho dificuldade de sair dos lugares, como tenho!). Há tempos está agendado para eu apresentar hoje um seminário sobre Inteligência Coletiva. E eis que abro o seu blog e tem esse artigo sobre grupos! Estou copiando para imprimir e dar aos colegas de classe. Agora vou pegar ônibus, metrô e trem (adoro andar de trem na Grande São Paulo). Chegar em Santo André e encontrar a tchurma que estuda comigo, todos os colegas muito estranhos para mim e eu muito estranha para eles. Mas, hoje vai ser uma oportunidade para diminuir esse distanciamento. Há muita gente bacana nessa classe, mas há medos, muito medo e julgamentos em bases muito superficiais. Hoje, tenho muito o que contar para eles. Vai ser animada a conversa. Nada de exercer o papel da sabidona, principalmente agora que li (e recomendo para você e os amigos do Utopia Ativa): O mestre ignorante - cinco lições para a emancipação intelectual, do Jacques Rancière. É muito interessante. Para mim foi muito revelador pois minha mãe era analfabeta e ensinou os filhos a lerem e eu não entendia como isso pode ter acontecido. Esse livro mostra como esse "método" é eficiente: quem não sabe é o melhor mestre.
Tchiau Jorge. Depois a gente se fala mais. Quando eu voltar da escola, vou passear com o meu filho e depois dormir dois dias para ver se chego num ponto mais ou menos equilibrado. Tô achando que esse é o lance: metaestabilidade, um equilíbrio que tende ao desequilíbrio e vice-versa (entendo assim a metaestabilidade, apesar de não ter ainda lido nada do George Simenon).
Vc nem imagina como foi meu companheiro nessa viagem. Durante um mês quase não fiquei só, apesar de quase sempre sozinha.
beijo beijo beijo

Marta Rezende disse...

Jorge querido. Cheguei. Um bocado cansada, mas tenho que cumprir um compromisso na escola (senão teria ficado mais uns dias por lá, pois sempre que posso adio as viagens: tenho dificuldade de sair dos lugares, como tenho!). Há tempos está agendado para eu apresentar hoje um seminário sobre Inteligência Coletiva. E eis que abro o seu blog e tem esse artigo sobre grupos! Estou copiando para imprimir e dar aos colegas de classe. Agora vou pegar ônibus, metrô e trem (adoro andar de trem na Grande São Paulo). Chegar em Santo André e encontrar a tchurma que estuda comigo, todos os colegas muito estranhos para mim e eu muito estranha para eles. Mas, hoje vai ser uma oportunidade para diminuir esse distanciamento. Há muita gente bacana nessa classe, mas há medos, muito medo e julgamentos em bases muito superficiais. Hoje, tenho muito o que contar para eles. Vai ser animada a conversa. Nada de exercer o papel da sabidona, principalmente agora que li (e recomendo para você e os amigos do Utopia Ativa): O mestre ignorante - cinco lições para a emancipação intelectual, do Jacques Rancière. É muito interessante. Para mim foi muito revelador pois minha mãe era analfabeta e ensinou os filhos a lerem e eu não entendia como isso pode ter acontecido. Esse livro mostra como esse "método" é eficiente: quem não sabe é o melhor mestre.
Tchiau Jorge. Depois a gente se fala mais. Quando eu voltar da escola, vou passear com o meu filho e depois dormir dois dias para ver se chego num ponto mais ou menos equilibrado. Tô achando que esse é o lance: metaestabilidade, um equilíbrio que tende ao desequilíbrio e vice-versa (entendo assim a metaestabilidade, apesar de não ter ainda lido nada do George Simenon).
Vc nem imagina como foi meu companheiro nessa viagem. Durante um mês quase não fiquei só, apesar de quase sempre sozinha.
beijo beijo beijo

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Marta, como me alegra sua chegada, e como me alegrei com suas viagens pelos caminhos do novo, experimentando-se e se encontrando com vultos: gente, livros , paisagens...
Perder o saber e reencontrá-lo na invenção de novos saberes que passam pela vida: de hhomens, de coisas, de acontecimentos...
Ando, caminhando... Entre sonhos e livros, gente e bichos, ruas e horizontes...
Tento alisar o meu mundo e a minha vida, e nem sempre consigo: quero refletir mais sobre a arquitetura e a textura do espaço liso.
Amiga, que Sampa lhe acolha no seu fértil: a diversidade onde parece haver pontes entre o concreto e o azul infinito. beijos. jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

marta, o novo mora no entre das coisas heterodoxas que nos fazem singulares. você é singular e bela. abraços jorge

Marta Rezende disse...

Poeta Jorge Bichuetti, hoje vc arrasou com banhos de poesia . estou aqui na casa da chris, uma grande amiga, pois a UFABC hoje decretou luto pela morte de um professor. então vim visitar a chris e com ela visitamos seu blog. laços. laços de amor. laçõs de gente. laços de projeto. beijos meus e da Chris

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Marta, uma dor é sempre um momento de retormar a nós mesmos; e em lágrimas penSar um novo caminho: onde quem foi continua e nós continuamos a lutar e a sonhar. Beijos jorge. perdas? são moomentos de que drsecobrimos na vida que vai, nossa vida sobrecarregada de levar para além dos minutos o tempo de quem amamos. Beijos jorge

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

As mãos de Marta: labor de poeta, arquiteta de sonhos... Coração alado de vôos que nos levam aos trritórios do devir, beijos jorge