Jorge Bichuetti
Incluir é mais do que simplesmente permitir acesso e presença... É dar voz, expressão, protagonismo... É anular e suprimir a escada de alojamentos desiguais no mundo. É criar um modo de funcionar onde não exista a produção da desvalia e a codificação estigmatizante que silencia, deprecia e desqualifica...
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Só existe inclusão na vida que coletiviza os marginalizados e os permitem vida sustentável e intervenção singular no socius...
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A exclusão se dá como grau zero de comunicabilidade... Onde não há diálogo e democracia direta existe processos excludentes e produção de corpos servis e oprimidos.
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Inclusão é caminhada... Políticas sociais é passo na caminhada, porém, não processo de conclusão... A inclusão exige liberdade, sustentabilidade, conviviabilidade e poder descentralizado.
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A massa amorfa e silenciosa, ainda que tenha moradia e pão, é povo oprimido e excluído.
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Projetos de inclusão que no recheio usa a argamassa das respostas prontas dos protocolos é exclusão dissimulada. Inclusão é construção com... exige participação e controle social.
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No globalitarismo, a exclusão não foi superada... Há inclusão diferencial... E há microfascismos capilarizados que excluem e oprimem no nexo molecular das relações e da vida cotidiana.
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Tornar invisível a miséria e a desvalia é hoje um tática de exclusão que dissimulada pulveriza o povo oprimido. Organiza em nome da segurança, criminalizando nas entrelinhas os que não compõem o universo de consumidores elitizados a sociedade mundial de controle...
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A exclusão pode ser vista: - no olhar cabisbaixo dos pobres e minorias marginalizadas;
- na análise das alocações de recursos das políticas públicas;
- na ausência dos oprimidos nos palcos e cenários do poder...
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Pássaro engaiolado é pássaro excluído... A inclusão se revela no dia-a-dia com pássaros e borboletas que voam livres no céu...
Todo cinza, toda cinza... conta a história de um processo crônico de exclusão...
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