domingo, 20 de novembro de 2011

POESIA: CENTELHAS DO ALVORECER

                         UMA CENTELHA
                           Jorge Bichuetti

Me queimo de paixão
e nas labaredas do desejo,
meu corpo é u'a rubra centelha,
a voz encantada da multidão...

Andarilho, não conheço fronteiras:
meu corpo está onde pulsa  meu coração;
com ele navego, entre amores e sonhos,
tecendo com poesia u'a doce melodia,
o canto do povo que ousa sonhar
com as flores do amor, encantos rebeldes,
a vida renascendo nu'a terna revolução...

Assim, sou centelha... um barco no mar,
u'a vela acesa nos confins da escuridão...


                             GREGORIO KAZI
                                  Jorge Bichuetti

Anjo guerreiro, corpo estelar:
vida que poetiza a arte de lutar...


Entre sonhos, brilha... caminha,
nele, a ternura se aninha e o porvir
rompe as correntes do tempo,
canta no bailado do vento,
nasce... pulsa... batalha...
nas artérias  do sonho,
na magia da aurora, que chega
irradiando luzes das suas mãos
que são ramos da vinha trans-sideral:
vida que poetizando a amizade
cria, pouco a pouco, o amor,
uma nova humanidade...

Ele é o homem-novo, u'a flor no caminho;
u'a vida que é voz, canto e trincheira
dos que na vida agonizam, esperando-o
para juntos tecereem um mundo de irmãos...





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