quinta-feira, 10 de novembro de 2011

VIDA PLENA: O CORPO E A VIDA...

                                                Jorge Bichuetti

Muitas vezes, nos pegamos com a sensação que estamos passando pela vida sem vivê--la... Arruina-nos, então, o vazio, a angústia e o tédio.
Em outros momentos, ficamos com a percepção que a nossa vida é de aparência; não é uma realidade íntima...
Claramente, nos assalta a compreensão de nos falta um sentido para o nosso existir.
De fato, nosso tempo induz uma vida de aparência, passiva e cinzenta.
O socius nos subjetva suprimido-nos as potências criativas e singularizantes.
Fica, assim, uma pergunta: como reverter este sinistro cenário?...
Podemos abordar por n caminhos... queria, hoje, pensar nossa problemática dialogando com Nietzsche.
Diz Nietzsche que não vencemos nossos demônios íntimos com verborragia.
Ele é esperto no campo da lógica que é espaço onde ele institui a vida de tristeza e exclusão.
Sugere Nietzsche que somente o venceremos com o riso,  com a dança e com a música...
O riso é a quebra da seriedade cinzenta que reprime o brincar... é ruptura com o trágico... e com as repetições previamente condicionadas pelo ideal de homem maduro...
Já o brincar nos dá a possibilidade de outrar-se... explorar nossas outras potências e nos subjetivar como uma rica e complexa multiplicidade.
O riso é o território da leveza e da suavidade dos que gargalhando, assumem a própria humanidade e cresce num devir alegre... Voando, borboleteando... Livre do paradigma da culpa e do ressentimento.
A dança é fecundidade da vida de intensidade alegria no movimento... com a apropriação do próprio corpo... corpo-vida... Resgate do corpo negado na ideologia assepética do pecado...
Passamos a viver com a intensidade de quem explora o que pode um corpo...
A música nos dá um universo paradisíaco: o mundo da arte e a arte como ferramenta para que manuseemos nossas vidas... como uma operação de se tecer no caminho um existir que seja em si próprio uma obra de arte...
Um corpo que mergulha no presente, martelando o porvir...
Uma vida que se potencializa como uma permanente aurora...
Que cantem os passarinhos... " O resto é silêncio"....



no caos, engravidemo-nos de estrelas bailarinas...

3 comentários:

Tânia Marques disse...

Bárbara reflexão! Gosto sempre de tudo o que vc escreve... pura sintonia. Beijos

Tânia Marques disse...

Cadê vc, amigo querido? Beijos

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Querida, tento de ligar e não sconsigo... estive no estaleiro... agora, já estou melhoira... abraços com carinho e ternura; jorge