BAREMBLITT: A POTÊNCIA INSURGENTE DE GUATTARI
jorge bichuetti
Dialogavamos e Baremblitt com sua lucidez e perspicácia de sempre falava do perigo que a esquizoanálise enfrenta diante dos que tentam dicotomizar a obra rizomática Deleuze-Guattari. Assim, depositam-a num escaninho da academia e retira dela o fúria revolucionária.
Deleuze - passa a ser um homem do pensamento...
Inclusive, ele que no abecedário revelou desprezo pela cultura que não fosse motor de ações, de transformações, de devires...
Afirmava, Baremblitt: " com esta falácia buscam e logram extrair o militante, o político da esquizoanálise e moldá-la, restritivamente, ao campo das elocubrações filosóficas."
"Esquizoanálise é Deleuze-Guattari" - enfatizou, preocupado.
De fato, em Kafka- Por uma literatura menor, já se anunciava que o político e o militante compõe o processo de invenção do novo.
Assim, entendeu Negri que definia inspirado nestas reflexões de Kafka a miltância do agir agora, do intervir, modificando...
Molarizar a esquizoanálise não é difícil... Basta pasteurizá-la: e ela que nos trouxe na perspectiva da revolução molecular, uma práxis, se perde no academicismo do pensar pelo pensar...
Escutemos esta ponderação...
E não neguemos deleuze, dissociando-o de Guattari, pois assim matamos sua própria utopia: por uma nova Terra, por um Povo Por-vir..
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