terça-feira, 16 de março de 2010

SOCIEDADE DE AMIGOS: NO CAMINHO...


A Casa do Monjolo

                                                                                 (Andréia Attié)

Como deve ser uma casa?
ela deve ter um monjolo,
mesmo que não haja um monjolo.

Certa vez ouvi uma história,
e lá habitei, contava assim:
mon – jolo mon – jolo

Lugar onde se podia escrever,
porque mananciavam palavras,
e elas escorregavam, logo seu curso,
binário e rítmico.

Pediram: “Quero ser em-terra-do lado da casa com monjolo”.
Pensei: Lugar bom, deve ser este, para se querer passar tanto tempo assim.

Decidi: Feito monge me mudei perto d’água,
e engenho de monge – olo fiz,
pilei idéias: dia – noite dia – noite

e nos intervalos descascava ca – fé de monge,
milho socava, le – tra por grão.
Dava boa farinha!

Dissertei, melhor dizendo, di – acertei:
Todo monjolo devia de ter uma casa.


DES-EM-POEMAMENTO: Ifnâinca Anagcamárita

                                                                           Andréia Attiê
Ctera vez amugals lretas sacepas dríastairm a aetãnço hitabaul das rcenêgias gmraitiacas, cmoo nos jgoos de crainaçs em que o ohalr dos mias vohles não ahnocampa tal riapedz ifnaintl.
Avaproiteram tal dseidcuo das pavalras já audalts e siasuds, praa ivenanertm pssatameops nos itrevalons das aluas de pturguoês cmoo amelahinra com os snbustaotivs, puqie-ecosnde com os adivoérbs e cçaa aos vcíois de legaingum.
Faorm dais de gardne diemverntio e rcreaçeão anagcanárita trepçnaado na metarialadide assmeniâtca.
As artiears só qriueam bcarinr de rausarr ducotonems ipomtarets dos pias, se dervetirim um puoco, aetns de se aenposatrem na moidadiare lüginítisca


Sonhos - 2

                                                                              Paulo Cecílio
Fui muito rico.
Tive todos os sonhos.
Para ter pão,
paguei um sonho.
Para viver
paguei um sonho.
Para amar,
doei um sonho.
Para sonhar,
moí um sonho.
Para ser pai,
troquei de sonho


O TIRO

                                                                                     Paulo Cacílio
Vesgo e torto/canhoto malcriado
Muros pulados/arranhões
Alma livre/merthiolate/gritos
Finca ferro de ponta fina/corta o ar
Flecha improvisada/vento suspenso
Gritos vem cá muleque/goiabeira

Irmão:matar é pecado?
Jaz o canário / asas abertas
Troféu vacilante/controverte o coração

Ah! se eu tivesse / naquelas asas aprendido
Inerte sem choro/engasgado tivesse entendido
A técnica perfeita do tiro/coração esmagado
Ah!se eu tivesse aprendido......

Desvia esse chumbo céu maldito
Assombra o coração criança mudo/ sem sentido
Desvia esse chumbo maldito/ céu sem sentido
Quem sabe,apenas quem sabe/
Uma leve briza,
Uma leve rajada de vento/tiro perdido

E tuas asas se esvoaçariam

 
                                                                                 

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