segunda-feira, 25 de abril de 2011

ENCONTRO COM VIDA REBELADA DO CERRADO NA ALEGRIA MOLECA DE NOEL ROSA

VIVER DEVERIA SER, TÃO SOMENTE, UM CAMINHAR PELA VIDA, LIVREMENTE...
... PORÉM, OS CAMINHOS DA VIDA NOS CHAMAM E NEM SEMPRE NELES ENCONTRAMOS A TERNURA, O SINGELO, A CANDURA E A AMIZADE.
UNS NOS OLHAM, ASSIM, MEIO COMO SE NOS PUSESSEM DE ESCANTEIO, PARA FORA DO CAMINHO,
PARA ELES NA GRACIOSIDADE DO SAMBA, CANTEMOS:

E OLHANDO
PRO ALTO E PRA FRENTE,
MOSTREMOS NOSSO VALOR:

BUSQUEMOS UMA FILOSOFIA,
LEVE E BREJEIRA,
UMA RESISTÊNCIA, PARA SEGUIR COM NOSSA ALEGRIA:

LIVRES,
ANDARILHOS DI DIÁLOGO E DAS UTOPIAS:

O QUE IMPORTA?...
SE ATÉ NO AMOR, HAVEREMOS DE NO SIM E NO NÃO,
SACUDIR UMA LÁGRIMA; E DEPOIS JÁ REFEITO, DEVIR-SE DIGNIDADE...

RESISTIR É REINVENTAR-SE...
TECER NOVOS SONHOS, NOVOS CAMINHOS... ERGUER-SE E CONTINUAR, E UM DIA CANTAR BAIXINHO, NOSSO SOSSEGO DE GENTE,
QUE MESMO FAZENDO ONVENTOS, SOMOS A A TERNURA-VALENTE, A TERNURA DO CERRADO:

NO DIA-A-DIA, A PALAVRA
EXPRESSA, CONECTA E ATIVA... E HÁ OUTRAS PALAVRAS, FEITAS DE CINZAS,
NA FORNALHA DA INDIGNIDADE, ONDE A MORTE CAVUCA E INVENTA PAIXÕES TRISTES; ENCONTROS ENVIESADOS... DOR E AGONIA... BULLYNG E ESTIGMATIZAÇÃO.
SÓ A ALEGRIA NOS PROTEGE, POIS SÓ O RISO MATA O VENENO DOS MICROFASCISMOS... AVE, NOEL ROSA!... NOSSO NIETZSCHE DOS BOTEQUINS...


                        ASSIM FALOU O CERRADO
                                                Jorge Bichuetti
                                                          ( para Marta Rúbia de Rezende)

Sapos grilos vagalumes
capivaras...
Sabiás pardais patativas
cascavéis e verdes corais...
Ipês quaresmeiras gabirobas 
árvores belas
belos bichos
enluarados
nos campos abertos,
onde a vida não se intimida
com palavras;
ah, sim, se seduz
se são do coração
palavras belas...
       
     

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