RUA DESERTA
Jorge Bichuetti
Esta rua deserta
silenciosa
escura
espera a aurora
e os passantes
que vem e vão
numa dura labuta
da vida desta
igualmente
como deserto
anda meu
mundo
onde tantos
aposentaram
a utopia
o sonho
a alegria
... as paixões.
MEU JEITO DE AMAR.
Jorge Bichuetti
Amo feito menino
brincando
sonhando
num trapézio
feito com as cordas
do meu coração...
Amo feito os pardais,
festivo
vadio
numa ciranda
feita com os acordes
das minhas ilusões...
Amo voando
borboleteando
as flores do jardim
onde de mãos dadas
contemplamos
o céu estrelado
o luar o sonhar
do nosso amor sem fim...
FLORES
Jorge Bichuetti
Não invejam as estrelas
nem cobiçam o luar;
brotam com suas cores:
uma singela ternura...
Depois, suavementee, beijam
o chão
numa romaria,
pétala a pétala,
o beijam e se vão...
PASSAR-INHO
Jorge Bichuetti
Voa alto
e olha o chão,
vê um grão...
Desce e a semente
leva consigo
para no deserto
semear
novos oásis
novas matas
novos frutos
um fonte
sementeira...
Eisa beleza
a esterteza
do passarinho...
Tão passar-inho...
pássaros ninhos
do amor...
PARTICIPEMOS... NÃO É TEMPO DE SILENCIAR... NÃO É TEMPO DE CRUZAR OS BRAÇOS E FINGIR QUE TUDO ESTÁ MARAVILHOSO: NO DIA DA TERRA, 22 DE ABRIL, GRITEMOS SIM À VIDA E LÁ NO TEU, JUNTOS, ABRACEMOS A ESPERANÇA DE UM PORVIR...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
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2 comentários:
Jorge, quando nasceste, logo nos primeiros momentos, o teu choro já foi transfomado em poesia, e esta se fez tão forte e pulsante, que continua até hoje tomando conta dos tecidos sociais e da epiderme humana. Beijos
Tânia, obrigado, me fez bem: sábado postarei sobre a pós-modernidade só com versos e disse, para mim, não gostar, sentirirão saudades das flores vivas e dos pássaros andarilhos... Poetizar a dor e a esperança, a paixão e a alegria é uma coluna guerrilheira. Abraços, Jorge
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