quarta-feira, 20 de abril de 2011

POESIA: POR UMA NOVA SUAVIDADE

                                    RUA DESERTA
                                                       Jorge Bichuetti

Esta rua deserta
silenciosa
escura
espera a aurora
e os passantes
que vem e vão
numa dura labuta
da vida desta
igualmente
como deserto
anda meu
mundo
onde tantos
aposentaram
a utopia
o sonho
a alegria
... as paixões.


                   MEU JEITO DE AMAR.
                                                       Jorge Bichuetti

Amo feito menino
brincando
sonhando
num trapézio
feito com as cordas
do meu coração...

Amo feito os pardais,
festivo
vadio
numa ciranda
feita com os acordes
das minhas ilusões...

Amo voando
borboleteando
as flores do jardim
onde de mãos dadas
contemplamos
o céu estrelado
o luar o sonhar
do nosso amor sem fim...


                                FLORES
                                                Jorge Bichuetti

Não invejam as estrelas
nem cobiçam o luar;
brotam com suas cores:
uma singela ternura...
Depois, suavementee, beijam
o chão
numa romaria,
pétala a pétala,
o beijam e se vão...


                                   PASSAR-INHO
                                                     Jorge Bichuetti

Voa alto
e olha o chão,
vê um grão...

Desce e a semente
leva consigo
para no deserto
semear
novos oásis
novas matas
novos frutos
um fonte
sementeira...

Eisa beleza
a esterteza
do passarinho...

Tão passar-inho...

pássaros ninhos
do amor...


PARTICIPEMOS... NÃO É TEMPO DE SILENCIAR... NÃO É TEMPO DE CRUZAR OS BRAÇOS E FINGIR QUE TUDO ESTÁ MARAVILHOSO: NO DIA DA TERRA, 22 DE ABRIL, GRITEMOS SIM À VIDA E LÁ NO TEU, JUNTOS, ABRACEMOS A ESPERANÇA DE UM PORVIR...

2 comentários:

Tânia Marques disse...

Jorge, quando nasceste, logo nos primeiros momentos, o teu choro já foi transfomado em poesia, e esta se fez tão forte e pulsante, que continua até hoje tomando conta dos tecidos sociais e da epiderme humana. Beijos

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Tânia, obrigado, me fez bem: sábado postarei sobre a pós-modernidade só com versos e disse, para mim, não gostar, sentirirão saudades das flores vivas e dos pássaros andarilhos... Poetizar a dor e a esperança, a paixão e a alegria é uma coluna guerrilheira. Abraços, Jorge