sábado, 16 de abril de 2011

MESTRES DO CAMINHO: O INSURGENTE SUBCOMANDANTE MARCOS...

                                                      REFLEXÕES:

«Marcos é gay em São Francisco, negro na África do Sul, asiático na Europa, hispânico em San Isidro, anarquista na Espanha, palestino em Israel, indígena nas ruas de San Cristóbal, roqueiro na cidade universitária, judeu na Alemanha, feminista nos partidos políticos, comunista no pós-guerra fria, pacifista na Bósnia, artista sem galeria e sem portfólio, dona de casa num sábado à tarde, jornalista nas páginas anteriores do jornal, mulher no metropolitano depois das 22h, camponês sem terra, editor marginal, operário sem trabalho, médico sem consultório, escritor sem livros e sem leitores e, sobretudo, zapatista no Sudoeste do México. Enfim, Marcos é um ser humano qualquer neste mundo. Marcos é todas as minorias intoleradas, oprimidas, resistindo, exploradas, dizendo ¡Ya basta! Todas as minorias na hora de falar e maiorias na hora de se calar e aguentar. Todos os intolerados em busca de uma palavra, a sua palavra. Tudo que incomoda o poder e as boas consciências, este é Marcos.»
  
"O que é certo é que queremos nos desembaraçar o mais rápido possível do capuz e das armas. Porque queremos fazer política com o rosto descoberto. Mas não tiraremos o capuz em troca de simples promessas. Os direitos dos índios devem ser reconhecidos. Se o poder não o fizer, não só retomaremos as armas, como outros movimentos bem mais radicais, bem mais intolerantes, bem mais desesperados e bem mais violentos que o nosso o farão. Pois a questão étnica, aqui e em outros lugares, pode dar origem a movimentos fundamentalistas prontos para todas as espécies de loucuras assassinas. Em compensação, se tudo se passar como queremos e os direitos dos índios forem reconhecidos, Marcos deixará de ser o subcomandante, o líder ou o mito. Será compreendido, então, que a principal arma do EZLN não terá sido o fuzil, mas a voz, as palavras. E, quando a poeira levantada por nossa insurreição se assentar novamente, as pessoas vão descobrir uma verdade fundamental: em toda essa luta, essa resistência e essa reflexão, Marcos terá sido apenas um combatente a mais. É por isso que digo sempre: se você quer saber quem é Marcos, quem se esconde por trás de seu capuz, pegue um espelho e mire-se, a fisionomia que você descobrir é a de Marcos. Pois somos todos Marcos."

“ O poder está vazio”

“ Não é preciso conquistar o mundo.Basta fazê-lo novo. Hoje. Nós.”
                      
                                                                 Subcomandante Marcos

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